Reajuste maior e fim do fator serão negociados só em 2015
O governo está preocupado com a saúde financeira da Previdência Social e quer racionalizar gastos considerados “desnecessários”. Ontem, o ministro da pasta, Garibaldi Alves Filho, se encontrou com Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, para tentar ajustes que diminuam o buraco nas contas da Previdência.
A reunião também definiu que as discussões sobre o fim do fator previdenciário, índice que reduz o benefício de quem se aposenta cedo, deverão ficar para 2015. Os aposentados querem uma alternativa ao redutor.
Uma das propostas é a criação de uma idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição. Hoje, esse benefício só exige tempo mínimo de contribuição.
Outro tema importante na pauta dos aposentados, que é o reajuste para os benefícios acima do salário mínimo (hoje em R$ 678)., também foi engavetado e voltará às discussões só depois.
Em agosto, segundo o Banco Central, as contas públicas foram afetadas, sobretudo pelo início do pagamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas, o que aumentou o rombo da Previdência, que ficou em R$ 5,733 bilhões.
Na outra ponta da pasta do INSS, o servidores estão trabalhando no vermelho. Apesar de os benefícios estarem garantidos, o instituto sofre com a falta de grana para pagar até conta de telefonia e luz. Gerentes das agências teriam recebido avisos para suspender verbas de promoção, qualificação e treinamento