Everton passa às semifinais do boxe

A medalha de bronze já está garantida, mas o pugilista Everton Lopes quer ouvir o hino nacional no lugar mais alto do pódio dos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011. Com a vitória sobre o porto-riquenho Antonio Ortiz, na tarde deste domingo, 23, na Arena Expo Guadalajara, o meio-ligeiro avançou às semifinais da categoria até 64kg do boxe. O brasileiro vencia os dois primeiros rounds (9 a 4 e 8 a 1), quando Ortiz abandonou combate antes do início do terceiro.

“Não me contento apenas com a medalha, quero ouvir o hino nacional. Este é um momento muito especial para o boxe brasileiro, que voltou a crescer”, ressaltou Everton, que revelou ter Acelino Popó Freitas como grande ídolo do esporte: “Quero ser igual a ele”, reverenciou Everton Lopes que é baiano, como Popó.

Nesta terça-feira, 25, Everton enfrentará o cubano Roniel Iglesias, na luta que está marcada para as 20h15 (23h15 de Brasília). O combate valerá a passagem para a grande final do boxe na categoria até 64kg. Sobre a “sambadinha” no segundo round, o campeão mundial amador fez questão de frisar que em momento algum quis menosprezar o adversário dentro do ringue.

“Não se trata de provocação. Serve para dar ritmo à luta e isso qualquer pugilista faz”, resumiu Everton, que também comentou o abandono do combate por parte do atleta porto-riquenho: “Acho que ele sentiu os efeitos causados pela altitude”, concluiu.

Prata no Rio 2007 e ouro nos Jogos Mundiais Militares, Everton se recupera de uma contusão no braço, sofrida ainda durante o Mundial Amador. Ele avisou que vai fechar 2011 com chave-de-ouro e que o boxe brasileiro está retomando seu devido lugar no cenário nacional.

Para o técnico da equipe brasileira de boxe, João Carlos de Barros, a grande fase que Everton Lopes atravessa não pode ofuscar os demais pugilistas brasileiros presentes aos XVI Jogos Pan-americanos.

“Cheguei aqui com nove atletas, mas infelizmente a Adriana (Araújo) perdeu neste sábado. Ainda estamos com oito na briga por medalhas. O sentimento de equipe tem que ser mais forte que qualquer individualismo”, ensinou o treinador brasileiro. (cob.org.br){jcomments on}