Vettel se diz pronto para correr no Barein
O campeão mundial de Fórmula 1 Sebastian Vettel deixou claro nesta quarta-feira, 11, que está pronto para correr no Barein, na semana que vem, caso os cartolas do esporte decidam manter o Grande Prêmio apesar dos protestos.
O piloto da Red Bull de 24 anos, vencedor dos últimos dois campeonatos, disse à Reuters em um evento da fabricante Infiniti antes do Grande Prêmio chinês, no domingo, que ele não pode dizer qual será o resultado.
“Primeiro de tudo, temos a corrida aqui, então estou aguardando a corrida aqui em Xangai, que vai acontecer”, afirmou o alemão.
“Com relação à semana que vem, acho que não sei mais do que vocês. O último comentário era de que iremos ao Barein para correr lá, acho.”
Ele acrescentou que, se esse for o caso, “então acho que é seguro o bastante para ir e devemos ir lá e correr sem nos preocuparmos sobre qualquer coisa que não seja de nossa conta”.
A corrida do ano passado no Barein foi cancelada por causa de uma revolta popular e da repressão violenta ao levante.
Provavelmente há mais pessoas na Fórmula 1 que sentem que a agora não é o momento de correr lá do que pessoas que defendem o GP.
O campeão mundial de 1996 Damon Hill, que foi contra correr no país no ano passado mas defendia a competição 12 meses depois, mudou de posição de novo este mês quando pediu uma reconsideração.
“Seria um mau negócio, ruim para a Fórmula 1, ser vista aplicando uma lei marcial para manter a corrida”, afirmou o piloto britânico ao jornal Guardian.
A Associação de Equipes da Fórmula 1 – que inclui sete equipes, mas não a de Vettel – disse que a decisão não é dela e que é a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que deve dar orientação sobre o assunto.
A FIA e o chefe comercial da F1, Bernie Ecclestone, que é próximo a Vettel, expressaram o desejo de que a corrida siga conforme o planejado.
Dois integrantes da equipe Lotus que visitaram o Barein este mês também defenderam a realização da corrida em um relatório enviado a todas as equipes. O documento fala da probabilidade de ocorrer protestos pacíficos – e não de ameaça de violência.