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Cyberbullying, como lidar?

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14/01/2024 06h01 - Atualizado há 4 meses Publicado por: Redação
Cyberbullying, como lidar?

Na última semana foi introduzida a discussão sobre o cyberbullying. Uma violência que vem atingindo todas as idades. E agora será falado um pouco mais sobre seus desdobramentos e como abordar o assunto.

Quando se fala sobre cyberbullying, é comum que as vítimas desenvolvam quadros depressivos em decorrência deste. E há uma relação entre eles.

Por isso, é preciso pensar sobre a “tríade cognitiva” que há entre depressão e cyberbullying. Ou seja, as visões que um indivíduo depressivo e que sofre cyberbullying tem sobre si. No caso, elas são: visões negativas de si mesmo, do mundo e do futuro.

Nesses casos, vítimas podem vir a se tornar os novos agressores, sejam em contextos de bullying (e suas modalidades) ou não. Os sentimentos negativos os levam a comportamentos ambivalentes de revolta e autopreservação para aplacar as vivências negativas.

Por exemplo: se envolver em confrontos (agressões físicas e verbais) como demonstrações de força; buscar muletas emocionais no mundo das drogas; ou carregar algum tipo de arma (brancas ou de fogo) como forma de buscar segurança.

Isso porque, o cyberbullying tem consequências psicossociais, como sofrimento psíquico e isolamento social. Uma vez cortados os vínculos, a pessoa passa a sentir-se ainda mais vulnerável. Apesar disso, corriqueiramente as vítimas não buscam apoio na família ou amigos. O que agrava os quadros depressivos.

Isso acontece, pois, uma das características desse momento de sofrimento é a desconfiança das figuras de autoridade e apoio. As quais as vítimas entendem que falharam ao não impedir que as violências fossem perpetuadas.

Com tudo isso em mente, pode-se pensar em algumas formas de combater o cyberbullying e ajudar as pessoas que estão sofrendo essas violências: denunciar os agressores, mesmo que seja de forma online e anônima; conscientizar as pessoas sobre o assunto; fortalecer os vínculos de afeto com pessoas que estão em sofrimento; e oferecer ajuda e terapia para quem está passando por um momento de dificuldade.

Ademais, recentemente o problema vem sido combatido através da atualização de leis, com a conscientização da população e com a especialização dos profissionais da saúde mental. Dessa forma, se tornou rotineiro (por exemplo) em casos de cyberbullying que existam investigações policiais e judiciais para expor os agressores, além do acompanhamento terapêutico das vítimas. Tudo isso garante apoio e tratamento a quem precisa.

 

Matheus Wada Santos

CRP 06/168009

@psi_matheuswada

(16)99629-6663

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