Galeria dos Grandes Mestres
Galeria dos grandes mestres presta uma homenagem neste mês de agosto a um dos maiores e mais famoso locutor de rodeio do Brasil, Zé do Prato.
Sua passagem foi meteórica, mas levou emoção, sensibilidade e a paixão do universo country a todas as pessoas presentes na arena.
Zé do Prato, o anjo negro do rodeio, deixou saudades. Nascido José Antônio de Souza em Regente Feijó, interior de São Paulo, em 29 de abril de 1948, ficou mais conhecido como Zé do Prato, o maior locutor de rodeio do Brasil.
O “Anjo Negro”, “O Grande Pai” do rodeio ensinou, com humildade, talento e credibilidade, ao Brasil amar e respeitar o rodeio.
O sucesso das festas de peão deveu-se ao locutor, que conquistou o povo brasileiro e fez com que aprendesse a admirar o rodeio.
A maneira de falar, o jeito de brincar e fazer amizade atraía grande público às arenas nas realizações dos espetáculos de rodeio. “Muitos talentos surgiram e tentaram imitar o estilo do Zé do Prato. Não conseguiram. Ele foi e sempre será o maior locutor de rodeio que este Brasil conheceu”, disse emocionado Beto Lahr, o presidente do CCA.
Devoto de Nossa Senhora, Zé do Prato tornou-se locutor de rodeios depois de ter passado por uma rádio em sua cidade natal, Regente Feijó.
Na falta de recursos tecnológicos, ele andava com um gravador de fita K-7 a tiracolo, um arcaico microfone e duas cornetas, que durante as apresentações de rodeio eram improvisadas ao redor da arena.
Tradicionalmente, fazia a abertura com a oração da Ave Maria e arrancava lágrimas dos presentes com seus versos improvisados.
Numa atitude corajosa, ele desbravou rincões Brasil afora e colecionou medalhas, prêmios, troféus e principalmente amigos.
O primeiro contato de Zé do Prato com Americana aconteceu em 1987, através de Beto Lahr, presidente do Clube dos Cavaleiros.
Sabendo que ele estava organizando um rodeio, com sua já famosa locução, em Tanquinho, perto de Piracicaba, Beto Lahr não pensou duas vezes
Zé do Prato fez história e além de ser um dos mais requisitados locutores de rodeios em todo país, também incentivou o CCA –
Clube dos Cavaleiros de Americana, a criar a Festa do Peão que se tornou referência mundial em montarias, shows e grandes atrações.
Zé do Prato faleceu em 27 de janeiro de 1992, em Piracicaba, aos 43 anos de idade, vítima de uma infecção generalizada.deixando saudades,muitos fãs e um legado que jamais será esquecido.