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Petrobras fica no centro do confronto entre candidatos

29/09/2014 07h30 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Petrobras fica no centro do confronto entre candidatos

O etanol e a Petrobras foram temas de confronto entre os principais candidatos a presidente na segunda rodada do primeiro bloco do debate desta noite da Rede Record. A candidata Marina Silva (PSB) afirmou, em sua pergunta à presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, que a política do governo para o setor de combustível causou a perda de 60 mil empregos no País. Marina afirmou que cerca de 70 usinas foram fechadas no País, além de 40 estarem em recuperação judicial.

Dilma evitou falar sobre o assunto, preferindo abordar temas como saúde, Forças Armadas e energia elétrica. Dilma disse que falaria primeiro sobre essas questões porque teve os direitos de resposta negados pela produção do programa. “O Brasil tem o maior programa de remédios gratuitos de todo o mundo”, declarou, para abordar depois a questão da Defesa. “Reequipamos e modernizamos as Forças Armadas, que tem não só equipamentos, mas plano estratégico de internalização de tecnologia de defesa”, disse. A presidente disse ainda que é “extremamente difícil” uma solução para a questão da energia elétrica baseada só em outras fontes com eólica e biomassa.

Na réplica, Marina afirmou que Dilma não respondeu o mais importante. “A política de etanol no seu governo é um fracasso”, disse a candidata do PSB para Dilma. A presidente respondeu, na tréplica, que a política do etanol foi baseada no que Maria teria sido contra: subsídio, desoneração de PIS e Cofins e aumento da mistura de etanol na gasolina de 25% para 27,5%.

No embate com o candidato Aécio Neves (PSDB), Dilma perguntou ao tucano quais as privatizações “estão no radar” dele e se a Petrobras está nessa lista. Aécio respondeu que não privatizará a estatal, se eleito, e que irá reestatizá-la “de um grupo de poder”. O candidato do PSDB a presidente afirmou que vai “tirar a Petrobras desse grupo político que tomou a empresa e vem fazendo negócios há 12 anos”. De acordo com Aécio, falta indignação à presidente com os supostos casos de corrupção na estatal. Ele afirmou ainda que Dilma será a primeira presidente pós-democratização que entregará a inflação maior do que recebeu.

Aécio afirmou também que vai elevar a taxa de investimento a 23% ou 24% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na sua vez de falar, Dilma disse que combateu a corrupção para fortalecer a Petrobrás e há quem use o assunto para enfraquecer a empresa. “Aliás, o sr. vendeu uma parte das ações (da Petrobras) a preço de banana e tentou tirar o ‘bras’ do nome para ‘brax'”, disse a presidente, em referência ao governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. “Eu não vendi nada, candidata”, respondeu Aécio.

Dilma respondeu também que quem demitiu o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal, foi ela. “A PF do meu governo investigou malfeitos”, disse.

 

POLÍTICA ECONÔMICA

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, foi a primeira a ser questionada no debate entre os presidenciáveis na noite deste domingo, na TV Record. Indagada pela candidata do PSOL, Luciana Genro, sobre o que fará com o fator previdenciário e o salário dos aposentados, a petista tergiversou e não falou sobre esse mecanismo, criado na gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e mantido nas gestões do PT. Na resposta, Dilma destacou o que a gestão de seu partido fez para os aposentados. “Foram 30 milhões que passaram a ter cobertura do INSS, o que significa aumento da formalização do trabalho.” E destacou que a maioria dos aposentados(67%) ganha até um salário mínimo e, para essa parcela, houve aumento real no benefício de 71% acima da inflação nos últimos anos. Na réplica, Luciana Genro disse que o fator previdenciário dificulta a aposentadoria e que a seguridade é superavitária.

A segunda pergunta deste primeiro bloco foi feita por Dilma a Marina Silva, candidata do PSB. A petista perguntou qual foi o voto dela com relação à CPMF, já que ela havia mudado quatro vezes de partido em três anos. Marina disse que mudou de partido para não mudar de ideais e de princípios e frisou: “Votei favorável (na questão da CPMF), sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy. Tenho total coerência com as posições que defendo e foi por isso que disse que não faço oposição por oposição. Sei o que é melhor para o Brasil.” Na réplica, Dilma a ironizou dizendo que estava estarrecida porque ela não se lembrava de ter votado quatro vezes contra essa contribuição. “Não acredito que a senhora não se lembre que votou 4 vezes contra a CPMF.” E Marina retrucou: “Eu me lembro do que votei a favor, tive prática coerente a vida toda. Defendi a CPMF para o fundo de combate à pobreza.”

A terceira pergunta foi feita por Marina a Aécio Neves, candidato do PSDB. Depois de criticar a gestão de energia, ela indagou o tucano sobre as soluções para o setor. Aécio disse que o governo petista não teve capacidade de planejar linhas de transmissão de energia e criticou a falta de planejamento para o setor sucroalcooleiro. “Política do governo junto à Petrobras inviabilizou o etanol e o uso da biomassa”, emendou. Na réplica, Marina criticou o “improviso” da atual gestão petista. O tucano concordou sobre a falta de diversificação das fontes de energia e lembrou que o governo do FHC cumpriu com a sua obrigação para o setor. “Infelizmente esse governo não vem cumprido a sua.”

Neste primeiro bloco, a presidente Dilma Rousseff pediu dois direitos de resposta, pelas críticas que os adversários fizeram à sua gestão. Depois da análise, a direção da emissora negou os pedidos por entender que fazer menção ao governo não é cometer injúria ou difamação. Quando pediu um terceiro direito de resposta, alegando que havia sido citada (e não o seu governo), a emissora concedeu 30 segundos à candidata à reeleição.

 

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