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Dois últimos meses têm 7 vezes mais assassinatos que em 2011 em São Carlos

20/10/2012 21h28 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Dois últimos meses têm 7 vezes mais assassinatos que em 2011 em São Carlos

Nos meses de setembro e outubro deste ano já ocorreram 7 vezes mais homicídios do que no mesmo período do ano passado. Em setembro de 2011 não aconteceu nenhum assassinato na cidade, enquanto que em setembro deste ano ocorreram 4. Em todo mês de outubro do ano passado, ocorreu 1 homicídio. Até hoje, dia 20 de outubro, já ocorrem 3 homicídios.  

As características e a quantidade de homicídios ocorridos em São Carlos a partir de setembro formam uma situação atípica em São Carlos, afirma o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Edmundo Ferreira Gomes: “Até o mês de agosto os homicídios foram típicos. O que isso significa? Significa que a motivação deles foi a que normalmente se tem em casos de homicídio: caso passional, problemas envolvendo drogas… Normal é o que está no histórico dos homicídios na região. O 1º homicídio do ano foi dia 28 de janeiro, e a partir de então tivemos mais 10 ou 11. E todos foram esclarecidos, alguns pela DIG, em outros casos a autoria era certa na hora, pois foram flagrantes”, diz o delegado.

A situação, no entanto, sofreu uma modificação a partir do mês de setembro: “No início desse mês aconteceu um homicídio que, depois, passou a ser a característica dos outros. Nos casos anteriores nós conseguimos definir a origem, a procedência, e a partir de setembro começaram a ser execuções: a pessoa chegava e dava vários tiros. E muitas das vítimas já tinham passagem na polícia. Então é uma série de homicídios atípica, tanto em relação ao número ocorrido (só em setembro foram 4 ou 5) quanto à forma que os homicídios estão sendo praticados. Para o homicídio, além do autor, é preciso a motivação, ela é que dá energia para a pessoa fazer o que faz. E o que constatamos nessa série de homicídios ocorridos de uns tempos para cá é que todos eles tem sido execuções”, explica o delegado.

Questionado sobre o que poderia explicar essa mudança no tipo de homicídio, ele responde: “O motivo dessa atipicidade deve ser investigado caso a caso para ver se realmente há uma vinculação entre as situações, para verificar se não são oportunistas que aproveitam essa tensão na sociedade para resolver uma situação pessoal, ou se os casos realmente têm um liame. Isso tem que ser investigado com mais cuidado”, diz, e explica: “Essa investigação não é de uma hora para outra, demanda tempo, comparação de projéteis, oitiva de pessoas. Estamos empenhados em esclarecer, mas é uma coisa que tem que ser feita com paciência para poder ter uma eficácia no final”, pondera o delegado da DIG.

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