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São Carlos tem uma das menores taxas de homicídio da região

12/11/2014 23h09 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
São Carlos tem uma das menores taxas de homicídio da região

Publicado pela organização não governamental Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) na terça-feira, 11, o Anuário de Segurança Pública mostra que, em 2013, o Brasil teve 50.806 vítimas de homicídios dolosos, o que significa uma taxa de 25,2 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas. 

Dados que constam no site da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo mostram que, se comparado ao Brasil e a outras cidades da região de São Carlos, as taxas de homicídio na cidade são consideravelmente menores. Em 2013, por exemplo, a taxa de homicídios dolosos (com intenção de matar) por 100 mil habitantes, em São Carlos, foi de 8,75; taxa menor do que a de Araraquara (8,83) e Rio Claro (24,10). 

A média dos últimos 15 anos (1999 a 2013) também revela essa tendência: nesse período, São Carlos teve, em média, 8,69 homicídios por 100 mil habitantes; em Araraquara a média foi de 11,71, e em Rio Claro foi de 17,58. 

Segundo o Delegado seccional substituto, Geraldo de Souza Filho, o homicídio é o crime de mais difícil prevenção, haja visto que envolve diversos fatores. No entanto, ressalta, o mais comum são os homicídios ligados ao tráfico de entorpecentes: “Nesses casos, são vítimas pessoas que devem para o tráfico, ou pessoas envolvidas em disputas entre grupos de traficantes. Esses são os mais comuns, os de maior número”, diz. 

Na opinião do delegado, em São Carlos, a diminuição do número de homicídios está ligada justamente ao combate ao tráfico de drogas: “Em 2014, por exemplo, foi o ano em que mais se prendeu traficantes”, afirma Souza Filho. 

Até setembro deste ano, o número de vítimas de homicídio doloso era de 17, segundo dados da Secretaria de Segurança do Estado. Em todo o ano de 2013, foram 20 as vítimas.

 

RECORDE

Entre 1999 e 2013, o ano com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes foi 2012, com 12,82, num total de 29 vítimas. No entanto, aquele é considerado um ano atípico. À época, em entrevista ao Primeira Página, o delegado Edmundo Ferreira Gomes, explicou que a situação da violência em São Carlos começou a ganhar contorno atípico a partir do mês de  setembro. Na ocasião ele afirmou: “No início de setembro [de 2012] aconteceu um homicídio que, depois, passou a ser a característica dos outros. Nos casos anteriores nós conseguimos definir a origem, a procedência, e a partir de setembro começaram a ser execuções: a pessoa chegava e dava vários tiros. E muitas das vítimas já tinham passagem na polícia. Então é uma série de homicídios atípica, tanto em relação ao número ocorrido quanto à forma que os homicídios estão sendo praticados”, explicou na ocasião. 

Em outubro daquele ano, em uma chacina, 7 pessoas foram mortas no CDHU. 

 

ÍNDICE ESTADUAL

São Paulo continua sendo o estado com menor taxa de vítimas, com 10,8 mortes a cada 100 mil habitantes. Na comparação com 2012, quando foi verificada uma taxa de 12,4, houve recuo de 12,9%. Em números absolutos, o total de vítimas caiu de 5.209 para 4.739, uma melhora de 9,02%. A organização avalia, no entanto, que a qualidade de informações do governo paulista está no Grupo 2, o que indica que pode haver subnotificação.

Alagoas tem a pior taxa do país, com 64,7 vítimas para cada 100 mil habitantes, o que representa alta de 0,4% em relação a 2012. A Bahia, por sua vez, é o estado com maior número absoluto de mortes, com um total de 5.440 vítimas. A taxa de homicídio é 36,1. Apesar de alarmante, na avaliação do fórum, os números representam retração de 7,47% no total de vítimas e 12,9% na taxa de mortos em relação a 2012. 

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