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Ameaça de corte de ponto leva sindicalista a protestar na Câmara

15/04/2014 23h51 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Ameaça de corte de ponto leva sindicalista a protestar na Câmara

O representante do Sindicato dos Serviços Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (Sintufscar), Antônio Donizetti da Silva, o Doni, usou a tribuna livre da Câmara para traçar um panorama da greve dos servidores, que nesta terça-feira, 15, completou 30 dias. O sindicalista rechaçou uma nota divulgada pela reitoria da universidade que, por determinação do Ministério do Planejamento e da Advocacia Geral da União, ameaça cortar o ponto dos servidores grevistas. “A reitoria deveria se colocar ao lado do trabalhador”, disse Silva.

 

A reportagem do Primeira Página teve acesso à nota da reitoria. O trecho citado por Silva afirma que “os representantes da Administração Superior também informaram o Comando [de greve] que o Governo Federal, desde o início da greve, já emitiu três manifestações – da Advocacia Geral da União; do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e do Ministério da Educação – orientando os reitores a tomarem providências para que as ausências dos servidores que aderiram à greve sejam registradas no controle de ponto. Foram apresentadas à mesa de negociações as restrições legais impostas à Administração e, também, destacada a necessidade do Comando colocar em debate junto aos servidores as consequências salariais do corte de ponto”.

O sindicalista afirmou que o objetivo do uso da tribuna livre era esclarecer a população sobre a greve. Segundo Silva, o governo federal não cumpriu quatro itens da pauta de reivindicações, um deles é a data-base de reajuste salarial da categoria. “Por isso que recorremos anualmente à greve. Sequer a nossa data-base é colocada pelo governo federal”, observou.

O sindicato pede a abertura de concurso público para preencher vagas no serviço público. Para Silva, novos concursados trazem reflexo à economia local, apesar de ponderar que o servidor das universidades é o menor salário do serviço público federal. O Sintufscar também se posiciona contrariamente à gestão do Hospital Escola “Professor Horácio Carlos Panepucci” pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebeserh). “Essa é a abertura do hospital para a privatização, para a atuação dos planos de saúde na unidade”.

A nota apresentada pela reitoria da universidade considera essa reivindicação como questionável “sobre os quais, inclusive, não há concordância da comunidade universitária”.

 

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