Câmara quer que Higashi explique alterações no trânsito
A Câmara de São Carlos deve promover, na próxima quarta-feira (4), às 19h30, uma audiência pública visando debater as alterações no trânsito de São Carlos. O vereador Walcinyr Bragatto (PV) solicitou o encontro, que foi deferido pelo presidente da Casa, Marquinho Amaral (PSDB).
“Temos observado que os próprios colegas da Câmara têm trazido reclamações sobre as alterações promovidas no trânsito de São Carlos. Além disso, a cidade apresenta um aumento na frota de veículos, os radares estão fora de operação e a população tem, inclusive, protestado sobre a elevação no número de acidentes, portanto é oportuno que o secretário venha a público e mostre quais as ações que a Prefeitura está promovendo para melhorar as condições do trânsito”, explica Bragatto.
Dados do Departamento Nacional de Trânsito mostram que São Carlos tem uma frota de 153.161 veículos para uma população de 226.322 habitantes, o que representa 1,4 veículo por habitante. Desse total, 98.732 são automóveis e 26.540 são motocicletas. A audiência é aberta à participação da comunidade.
DESCONTENTES
As mudanças promovidas no trânsito de São Carlos fomentam as discussões na Câmara e entre a sociedade. Na terça-feira (26), o vereador Paulo Taú (PSDB) revelou que a população da Vila São José tem reclamado das mudanças no trânsito da região, principalmente na rua Costa do Sol. A rua tornou-se mão única de direção. “O trânsito nessa rua liga o nada a lugar nenhum. Justificaram que a mudança se faz necessária porque a rua é estreita. Se for assim, tem que mudar muitos lugares da cidade”, disse.
Além da Costa do Sol, sofreram alteração na mão de direção as ruas Francisco Cassiano Lopes, Miguel Giometti, Argentina e Mozart Santos Melo. Taú disse que há um abaixo-assinado com o apoio de 300 pessoas pedindo que o trânsito volte a ter, na região, mão dupla.
“As mudanças na rua Argentina também prejudicaram os bombeiros, que têm de rodar seis quadras quando saem do quartel para socorrer pessoas”, aponta outro problema o vereador. Aparecido Penha (PPS) prometeu entrar em contato com o comando da Polícia Militar para atestar se, de fato, as mudanças estão atingindo o trabalho da corporação.
