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Crédito de R$ 2,2 milhões gera debates sobre Hospital-Escola

01/07/2013 21h46 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Crédito de R$ 2,2 milhões gera debates sobre Hospital-Escola

Um projeto de lei da Prefeitura de São Carlos, autorizando a abertura de crédito adicional à Secretaria Municipal de Saúde de R$ 2,2 milhões, gerou um duelo de palavras entre os vereadores. A sessão extraordinária que visava o esgotamento da pauta de projetos (38 no total) se estendeu por mais de três horas.

 

O centro dos debates foi a retirada de R$ 400 mil de obras do Hospital-Escola “Professor Horácio Carlos Panepucci” (HE), fato levantado pelo vereador Roselei Françoso (PT).

O vereador Lineu Navarro, do mesmo partido, disse no plenário que a intenção do governo Paulo Altomani é “estrangular” as finanças e as obras do Hospital-Escola. “O objetivo desse governo é asfixiar o Hospital-Escola. Essa é a maior prova”, completou o vereador Walcinyr Bragatto (PV) durante o uso da palavra. “Transformar o Hospital-Escola em AME [Ambulatório Médico de Especialidades] é um prejuízo inestimável para São Carlos”, acrescentou o vereador.

Equimarcílias de Souza Freire (PMDB) saiu em defesa de Altomani sobre as críticas da oposição ao Hospital-Escola. Ele, inclusive, defendeu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para discutir a questão financeira e o repasse de recursos ao Hospital-Escola. “O Hospital-Escola é uma caixa preta. É uma obra de 12 anos que não acaba é necessária uma análise sobre a prestação de contas e hoje o atual governo trabalha para consertar os desmandos do passado”, pronunciou o vereador. Na verdade, a pedra fundamental das obras do HE foi lançada em março de 2005, com a presença do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O vereador Maurício Ortega (PSDB) também defendeu o governo. Ele lembrou que a Vigilância Sanitária encontrou irregularidades no HE. “Esse Hospital-Escola, na verdade, é Hospital História”, classificou o vereador.

Cidinha do Oncológico (PHS) salientou que o Hospital-Escola não fecha, conforme garantias do prefeito Paulo Altomani. Ela denunciou que a Prefeitura paga por exames laboratoriais, entretanto o HE executa apenas 5% do estabelecido.

Depois de mais de duas horas somente nesse projeto, os vereadores aprovaram a abertura de crédito por 11 votos a cinco. Foram contrários os vereadores Lineu Navarro, Ronaldo Lopes, Roselei Françoso e Dé Alvim, todos do PT, e o vereador Walcinyr Bragatto (PV).

 

Exames de sangue serão normalizados

O vereador Lineu Navarro (PT) denunciou na sessão da Câmara, que a Secretaria de Saúde deixou de fazer exames de sangue na Rede Básica de Saúde e no Centro de Especialidades Médicas (Ceme).

De acordo com o parlamentar, houve problemas no contrato da empresa que prestava serviços ao município. “Essa falta de atenção do governo prejudica os atendimentos básicos ao cidadão”, reclamou o vereador. Segundo ele, usuários da rede de saúde não conseguiram fazer os exames ontem.

Após as denúncias, os vereadores da base aliada explicaram o problema. De acordo com Lucão Fernandes (PMDB), o laboratório que realizava as coletas cobrava um valor 40% abaixo da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), entretanto havia uma reclamação extensa de médicos e pacientes quanto ao erro nos resultados. “Esse problema será solucionado o mais rápido possível e amanhã [hoje] dois laboratórios assumem a demanda por exames”, explicou.

“A empresa cobrava um valor abaixo do normal, por isso sempre saía vitoriosa nos processos licitatórios. Além disso, costumeiramente trocava os CNPJs para participar das licitações”, denunciou a vereadora Cidinha do Oncológico (PHS).

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Morsa
Morsa
10 anos atrás

Falam tanto em federalizar o H.E. Procure através do google a seguinte expressão: “situação dos hospitais federais”. Retornaram várias reportagens, mas a mais contundente é esta que vários jornais noticiaram em abril deste ano:

“A presidente Dilma Rousseff ouviu nesta quinta-feira (4) críticas sobre as condições de atendimento e de trabalho para profissionais da saúde dos hospitais federais. “Os hospitais federais se transformaram em verdadeiras pocilgas humanas. Não têm a condição de dar o menor atendimento”, disse Geraldo Ferreira, presidente da Federação Nacional dos Médicos, logo após o encontro com a presidente Dilma.

Ele disse ainda que o grupo de médicos relatou à presidente que hospitais de urgência e emergência de todo o país são palco de violações de direitos humanos.

Além da queda na qualidade do atendimento aos pacientes, os médicos, segundo Ferreira, trabalham em ambientes degradados e os hospitais estão perdendo mão de obra diante do achatamento salarial e perda de gratificação.”……….(continua, é só pesquisar)

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