Itirapina: Agravamento da crise financeira preocupa, afirma Rizo
O agravamento da crise financeira de Itirapina após o surgimento de uma dívida de R$ 14 milhões com a Receita Federal contraída nos anos de 2011 e 2012, durante a gestão do ex-prefeito Omar de Oliveira leite, preocupa autoridades e políticos locais. O poder de investimento da prefeitura será reduzido e corte no orçamento acontecerá.
O presidente da Câmara, Marcelo Rizo (PMDB) vê com muita preocupação a situação em que se encontra a cidade, depois do que ele considera uma verdadeira bomba de irresponsabilidade, já que a atual gestão é obrigada arcar com os descasos, desmandos e irregularidades do governo anterior.
“Nós do PMDB avisamos que a compensação do INSS e FGTS era ilegal e daria problema para a cidade. Mas ninguém nos ouvimos, nos ignoraram e agora a Itirapina experimenta uma situação desagradável”, afirmou Rizo.
Para o político a irresponsabilidade do ex-prefeito e de seus assessores jurídicos à época colocam em risco todo o desenvolvimento pensado para a cidade e o novo processo de crescimento impulsionado pela vinda da fábrica da Honda. “Uma dívida de r$ 14 milhões tira qualquer possibilidade de investimento da prefeitura e quem sofre com isso é a população. Tem gente que precisa ser responsabilizada criminal e civil por deixar esta cidade na situação em que se encontra”, afirmou.
Rizo disse ainda que quando a nova administração, comandada pelo seu partido político, o PMDB, assumiu a prefeitura encontrou tudo sucateado. “A frota municipal praticamente inexiste e todos os aparelhos para fazer a prefeitura funcionar sucateados, além de uma dívida de R$7 milhões. Eles destruíram Itirapina”.
Segundo o presidente da Câmara hoje o caso da dívida deve ser investigada pelo Ministério Público, já que não cabe mais ao Legislativo tomar providências sobre o caso. “O MP vai atuar. A investigação já foi feita pela Receita Federal. Agora a promotoria deve agir. Nós vereadores fizemos a nossa parte alertando o prefeito na época sobre tudo o que poderia acontecer. Ele não escutou e colocou a cidade em uma situação horrível”.
ENTENDA O CASO
O escritório da Receita Federal em Piracicaba realizou uma fiscalização e auditoria nas contas da prefeitura e detectou supostas irregularidades na compensação do INSS e FGTS de servidores nos anos de 2011 e 2012, durante a gestão do ex-prefeito Omar de Oliveira Leite, na época filiado ao PT. O processo de investigação contem 1.803 paginas com depoimentos, planilhas e documentos. Segundo informações contidas no processo-investigação o ex-prefeito deixou de pagar os encargos sociais alegando uma compensação sem autorização judicial, no valor de R$ 6 milhões em contribuição previdenciária. Os outros R$ 7 milhões são de uma multa isolada pela compensação indevida.
Com o final da investigação a Receita Federal irá encaminhar os documentos ao Ministério Púbico Federal que poderá entrar com uma ação contra o Leite. A documentação também foi encaminhada para a Promotoria de Itirapina.
Outro ponto questionado na investigação e que foi considerado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo foi a contratação de um escritório de advocacia no valor de R$ 900 mil.
OUTRO LADO
Procurado mais uma vez o ex-prefeito Omar Leite afirmou que só irá se manifestar mediante uma comunicação.
