Marquinho critica PT; Lineu ataca “inoperância” de Altomani

15/04/2013 23h57 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação

Duas das maiores lideranças políticas de São Carlos analisaram de forma totalmente diferente os 100 primeiros dia do governo do prefeito Paulo Altomani (PSDB). O presidente da Câmara Municipal, Marquinho Amaral (PSDB), enfatiza que as dificuldades enfrentadas pelo novo governo se devem à herança deixada pelo ex-prefeito Oswaldo Barba. Para o vereador Lineu Navarro (PT), a situação é totalmente diferente. Ele destaca que mesmo tendo encontrado dinheiro em caixa e vários projetos em andamento, Altomani se preocupa em “desconstruir” as conquistas dos governos petistas.

DIFERENÇA – Marquinho garante, que ao final do ciclo tucano, São Carlos saberá reconhecer a diferença.  “Eu tenho certeza de que São Carlos vai notar a diferença do antes e depois de Paulo Altomani e do PSDB no governo”.

“Quebrada e falida”. Estes são dois dos adjetivos utilizados por Marquinho para definir a situação em que a cidade foi passada ao atual prefeito no dia 1º de janeiro deste ano. “O momento é de dificuldades. Pegamos um governo que esse estendeu por 12 anos. Pegamos uma situação dramática. Postos de saúde sem remédios e condições de higiene. O prefeito passado se falava o prefeito da educação. Eu fui visitar as obras e das 10 anunciadas apenas duas estavam em construção. O prefeito está resgatando a dignidade dos servidores. As cirurgias eletivas beneficiarão mais de 3.000 pessoas. Muitas pessoas já estão agradecendo. Estamos vendo que as coisas começam a caminhar. É um começo difícil. Pegamos uma cidade quebrada, falida e desestruturada administrativamente e que vamos colocar de volta aos trilhos do desenvolvimento.

UNIÃO – Para o presidente do Legislativo, o momento é de união. Ao participar dos 100 dias do governo do Altomani, reafirmamos a vontade do Legislativo de trabalhar por uma cidade melhor e mais justa. “Estaremos sempre apoiando iniciativas que busquem melhorar a saúde pública e também a luta pela oferta de serviços de boa qualidade aos contribuintes”. Por outro lado, ele deixou claro que não admitirá que a Câmara seja submissa ao Poder Executivo. “Vamos continuar trabalhando nesta parceria. Teremos um relacionamento de independência e, ao mesmo tempo, harmonia. Queremos que o prefeito realize o melhor governo da história deste município”.

FRACO E INOPERANTE – O petista Lineu afirma que a gestão Altomani tem sido “fraca” e “inoperante” e não consegue dar vazão às demandas sociais. “O governo não consegue implementar as propostas colocadas durante a campanha eleitoral. O choque de gestão cai por terra na incompetência para se tratar dos problemas causados pelas enchentes, como o desmoronamento do escoramento na avenida Comendador Alfredo Maffei, o rompimento da via asfáltica naquele local. Isso já está lá há 15 dias e mostra um total inoperância.. Por outro lado os únicos projetos de lei que vieram para a Câmara Municipal são aqueles que ou criam cargos de confiança ou que aumentam os salários no SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). É  um governo que até agora não disse a que veio”.

Segundo ele, a Lei do Piso aprovada não segue o que preconiza a Lei Federal.

Quanto às cirurgias eletivas, o vereador petista afirma que está aguardando o envio do projeto de lei para que o Legislativo autorize o convênio. “Já tentei três vezes conseguir uma cópia do convênio, mas a Santa Casa nega que tenha uma cópia deste documento. Nas eletivas tem que ser respeitada uma fila. Até agora há apenas uma continuidade nas cirurgias oftalmológicas”.

SECRETARIAS VAGAS – Outro fato que mostra a inoperância da administração municipal, segundo Lineu, é que, depois de 15 dias da saída dos secretários Francisco Andriollo (Obras) e Sérgio Angelino (Serviços Públicos), não houve até agora anúncio dos seus substitutos. Ele também comentou que na falta de projetos, o prefeito Altomani tem se dedicado a criticar o governo anterior. “O próprio prefeito anunciou, nos 100 dias, que existem R$ 129 milhões em caixa. Grande parte destes recursos é resultado do trabalho dos governos anteriores”.