Newton: “Fora do palanque, temos que trabalhar para a cidade”
O deputado federal Newton Lima encerrou a semana que antecede o Natal participando do programa Intersom Debates, transmitido ao vivo pela Rádio Intersom FM, de São Carlos. Como acontece tradicionalmente na “última” semana do ano desde que foi eleito prefeito de São Carlos (2000), o parlamentar fez um balanço dos últimos 12 meses debatendo temas referentes ao seu trabalho parlamentar na Câmara Federal e na vida política da cidade como presidente do PT de São Carlos.
Questionado sobre se ficaria à vontade para trazer verbas ao governo tucano de Paulo Altomani, Newton Lima lembrou que, desde 2003 (ano em que Lula assumiu a presidência pela primeira vez), ele e Barba trouxeram para a cidade meio bilhão em investimentos, dos quais 93% provenientes do Governo Federal, 4% de entidades não governamentais e 3% do governo do Estado. “O governo petista foi capaz de fazer projetos de qualidade para todos os governos, independente de partido. Mas o contrário não acontece por parte do governo do Estado. Não quero professar a política do faça o que eu digo e não faça o que eu faço, não acho justo que se retribua na mesma moeda”, disse o deputado.
EXEMPLO – Newton Lima reforçou que a disputada partidária deve ser finalizada a partir do momento em que a eleição termina. “Temos que mostrar que somos diferentes, como Lula mostrou e Dilma está mostrando. Quando descemos do palanque temos que trabalhar para a cidade e vou dar esse exemplo. Já disse para o Paulo Altomani que estou à disposição.”
No entanto, ele salientou que, na qualidade de presidente do PT de São Carlos, seu papel também será fiscalizador. “Se os rumos da cidade indicarem, ao nosso juízo, retrocesso e que as promessas de campanha não foram consolidadas, nosso papel partidário é de estar vigilantes. Uma coisa é o Newton liderança política do PT local e outra coisa é o Newton deputado federal da cidade”.
Sobre o mensalão, Newton Lima disse acreditar que o esquema existiu sob o ponto de vista daquilo que foi julgado pelo STF. Mas ele lembrou que o processo foi inaugurado pelos tucanos em Minas Gerais, com o publicitário Marcos Valério. O deputado citou inúmeros escândalos ocorridos durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – como a lista de Furnas, o caso do Proer, a compra de votos para FHC conseguir seu segundo mandato mudando a Constituição – que não foram apurados.
“No governo FHC, havia a política de engavetar, enquanto a política do governo Lula era de escancarar. A corrupção sempre houve, ou ela é jogada para baixo do tapete ou ela aparece para a sociedade. No caso específico do mensalão mineiro, quero ver se vão deixar prescrever, porque seria uma barbaridade.”
Esse tambem pode se preparar, porque se depender dos votos daqui de nossa cidade, o mesmo está fora, não ganha mais.Vai ter que fazer magica para se reeleger,esse seu papo furado não engana mais ninguem.