Petistas e ONGs criticam cancelamento do convênio com Ministério da Cultura
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) saiu no ataque ao governo municipal devido a não renovação do convênio com a União que mantinha os “Pontos de Cultura”. Além do pronunciamento dos vereadores, representantes de várias ONGs (organizações não governamentais), representadas pela Rede Municipal de Pontos de Cultura de São Carlos, usaram a tribuna livre da Câmara na sessão de ontem. A oradora foi a ativista cultural Vivian Parreira.
O vereador Ronaldo Lopes (PT) afirmou que há uma discriminação por conta de o projeto e a parceria terem sido firmadas nos governos dos ex-prefeitos Newton Lima e Oswaldo Barba (PT). Roselei Françoso (PT) afirmou que há um preconceito e um tratamento equivocado da questão cultura devido ao fato de alguns membros de ONGs que fazem cultura participar de um determinado partido político, no caso, o PT. “O prefeito prometeu, em sua posse, governar para todos. Dizia que havia acabado a disputa eleitoral e hoje pessoas são discriminadas por terem militando no partido A, B ou C. E hoje, estas pessoas, que reivindicam cultura na cidade de São Carlos, são recebidas pelas costas. É outra contradição que se coloca”.
Vivian, usando a tribuna livre, leu um manifesto que diz que a Rede Municipal de Pontos de Cultura é formada por 8 entidades. O texto argumenta que os recursos para a Rede de Pontos de Cultura representam apenas 6,8% do orçamento total da Coordenadoria de Artes e Cultura e, ao mesmo tempo, beneficia mais de 2.500 pessoas com extenso leque de atividades. Além disso, ressalta que, ao abrir mão do convênio com o Ministério da Cultura, a Prefeitura rejeita cerca de R$ 500 que seriam investidos na atividade cultural.
“Diante desta situação, solicitamos a vossa intermediação (à Câmara) a fim de defender os interesses dos cidadãos aqui representados. Vimos aqui somar esforços para encontrarmos a melhor maneira de solucionar esta questão, que pode destacar São Carlos como o primeiro município a cancelar uma ação de pontos de cultura no Brasil. Esta situação já conta com os olhos atentos e apoio do Ministério da Cultura, que se manifestou a favor da continuidade dos convênios. Indignados e em uma espera impaciente, contamos com a vossa compreensão e apoio”, completou Vivian lendo o manifesto.
