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Plano prevê R$ 442,5 mi para sistemas de água e esgoto

14/11/2013 21h18 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Plano prevê R$ 442,5 mi para sistemas de água e esgoto

A Câmara de São Carlos realizou, na última quarta-feira, uma audiência pública com o objetivo de apresentar o Plano Municipal de Saneamento, que definirá as regras de como deve ser o abastecimento de água, o sistema de recolhimento e tratamento de esgoto, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem de águas pluviais nos próximos 30 anos.

 Os números apresentados durante a audiência apontam que a cidade deve investir R$ 442,5 milhões nos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

O responsável pela elaboração do plano, Benedito dos Santos Rodrigues, da Engenharia Sanitária Ambiental (ESA), Benedito dos Santos Rodrigues, apresentou dados do estudo. Ele relatou que, atualmente, a captação de água de mananciais subterrâneos corresponde a 53% enquanto a captação de água superficial fica em 47%. Ele chamou a atenção para esses números, que podem crescer ainda mais se a cidade crescer desordenadamente.

“Cada vez que criamos novos bairros, impermeabilizamos o solo, vamos ter que buscar mais águas subterrâneas. Essa é uma preocupação, por isso que defendemos o estudo do Plano Diretor com o Plano de Saneamento”, explica.

A médio prazo (2022) Rodrigues estima que a captação do Espraiado será desativada. O estudo do Plano de Saneamento prevê como alternativa a ampliação da captação de água do Ribeirão Feijão.

O estudo sugere a limitação da exploração dos mananciais subterrâneos, além de evitar a perfuração de mais poços na área urbana. Para o professor Jurandir Povinelli, ex-diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e professor da Universidade de São Paulo (USP), o Plano Municipal de Saneamento precisa ser “religiosamente obedecido”. “A medida salutar para evitarmos problemas como a falta de água é estabelecer um processo de múltiplas produções de água, fazendo a interligações entre os poços. Também precisamos de mais estações elevatórias de água para minimizar os efeitos da falta de água”, disse.

RURAL

Na opinião do professor da Embrapa, Wilson Tadeu Lopes da Silva, outra preocupação dos gestores públicos deve estar concentrada no saneamento básico rural, que pode reverter em água de qualidade para a zona urbana. “Não podemos nos esquecer que São Carlos possui 95% de área rural e sem o cuidado com o saneamento rural estamos tolhendo ações efetivas. Tratar o esgoto produzido nas propriedades rurais significa qualidade de vida à população”, explica.

Segundo o presidente do SAAE, Sérgio Pepino, a meta da autarquia, dentro do Plano de Saneamento, é reduzir as perdas reais de água, que estão em 40%. “Vamos diminuir os vazamentos visíveis e invisíveis. Também pretendemos corrigir a pressão da água nos reservatórios, que gera perdas quando o consumo é menor”, comenta.

O projeto de lei, da Prefeitura, que estabelece o Plano Municipal de Saneamento Básico será votado pela Câmara Municipal na sessão plenária da próxima terça-feira (19).

 

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