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População pode decidir rumos da destinação dos resíduos

09/09/2013 23h00 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
População pode decidir rumos da destinação dos resíduos

Até o dia 12 de outubro, a Câmara de São Carlos realiza uma consulta pública sobre uma nova forma de gestão de resíduos orgânicos. Para o coordenador geral da Associação Veracidade, o sociólogo Djalma Nery, a população legitima ações e programas financiados com recursos públicos.

 

“A questão da destinação de resíduos é comum a todos os indivíduos e lares. O manejo desses é uma questão de interesse público”, ressalta.

Na opinião dele, dois fatores contribuem negativamente para uma incorreta destinação do resíduo orgânico. “O primeiro é uma cultura de fobia ao lixo, que nos faz querer mandar para longe o quanto antes nossos resíduos, sem perceber que existe uma conexão intrínseca entre todos os seres vivos; o segundo é um corporativismo das concessionárias de coleta de lixo urbano, que necessitam dessa cultura do desperdício para que haja o que recolher, tornando necessária sua atuação”.

Para Djalma, “a participação popular pode demonstrar que as práticas atuais beneficiam não a população em geral, mas grupos minoritários que tem interesse na manutenção do sistema de gestão como ele se encontra”. “A participação também sempre estimula o debate, de forma a trazer novas perspectivas e soluções a tona, muito mais conectada à realidade do povo”, completou.

Segundo Djalma, a consulta pública funciona como uma espécie de ‘termômetro oficial’ da opinião pública. “Nós, enquanto Associação Veracidade, temos falado há algum tempo da importância de certas transformações estruturais sendo que, uma das principais, é a maneira como manejamos os resíduos sólidos urbanos, dando especial ênfase aos orgânicos. No entanto é diferente dizer algo enquanto Associação e dizer algo enquanto População. A Consulta Pública vem para demonstrar aos legisladores e executivos do poder público que existe um anseio popular de se manejar de maneira distinta os resíduos orgânicos do município ao invés de enviá-los ao aterro para poluir os lençóis freáticos”, destacou.

De acordo com Djalma, se a população demonstrar interesse em adotar outro sistema de gestão dos resíduos- como a compostagem- através da vontade registrada pela consulta, a população terá muito mais força para pautar a construção de políticas públicas sobre o tema. “Em outras palavras, tudo pode ser mudado a partir de um resultado representativo e favorável a mudanças que esta Consulta tem capacidade de demonstrar”.

 

COMO PARTICIPAR

A consulta pública está disponível no site: www.camarasaocarlos.sp.gov.br. Até o dia 12 de outubro, os cidadãos poderão opinar sobre se o município deve ou não regulamentar a compostagem e o reaproveitamento  de resíduos orgânicos como alternativa ao descarte no aterro sanitário. A consulta foi solicitada pelo vereador Ronaldo Lopes (PT).

 

 

 

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