Prefeitura e UFSCar discutem federalização do Hospital Escola
A diretora de Gestão de Pessoas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Jeanne Liliane Marlene Michel, esteve em São Carlos na última semana, em encontro com o prefeito Paulo Altomani e o reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo Filho, para debater a federalização do Hospital-Escola “Professor Horácio Carlos Panepucci” (HE).
O convite de visita partiu do reitor da universidade, que achou necessário que a Prefeitura e a comunidade tomassem conhecimento sobre o processo de federalização do HE para que não haja decisões equivocadas.
“Esse é um processo [federalização] que cabe à Prefeitura e à UFSCar. A Ebeserh foi criada para gerir os hospitais universitários e o nosso objetivo é oferecer suporte, apoio e condições técnicas para a federalização, se esse for o objetivo da Prefeitura”. A federalização de hospitais nada mais é que uma alternativa de gestão pública”, explicou.
O reitor da UFSCar salientou que, com a federalização, o município mantém autonomia na gestão do HE e passa a receber recursos federais. Além disso, contempla as necessidades dos alunos do curso de medicina da Universidade, que hoje saem da cidade para fazer o internato. “Para que o município possa ter a gestão [sobre o hospital], nós faríamos a contratualização dos serviços que o hospital estaria oferecendo e as metas a serem alcançadas para que o atendimento fosse de acordo com o que é estabelecido no município”, afirmou
“É de muito interesse um hospital financiado pelo governo, pois atende a duas necessidades: a de formação dos alunos da UFSCar e da oferta de um serviço de saúde de qualidade à comunidade”, complementou Targino.
SOCIEDADE – O prefeito Paulo Altomani disse que está aberto ao diálogo sobre a federalização do HE, mas pontuou que o assunto deve ser objeto de discussões entre a Câmara, Diretoria Regional de Saúde e a sociedade. “Eu tenho certeza que chegaremos ao comum acordo para a gestão compartilhada”, salientou.
Ele também reafirmou o compromisso de instalar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) no HE, o que viabilizaria recursos de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões no custeio da unidade.