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Vereadores trocam acusações em discussão de federalização do HE

26/03/2014 01h36 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Vereadores trocam acusações em discussão de federalização do HE

O projeto que trata da federalização do Hospital Escola “Horácio Carlos Panepucci” não chegou à Câmara para a votação nesta terça-feira, 25, conforme previsto pela Prefeitura de São Carlos, o que provocou uma discussão entre os vereadores. Antônio Carlos Catharino (PTB) disse que o projeto foi retirado com o consentimento do presidente da Câmara, Marquinho Amaral (PSDB), que teria conversado com o reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo Filho, para readequações no projeto.

 

Porém, para a surpresa de todos, Marquinho mandou uma mensagem de texto a Lineu desmentindo as falas de Catharino. Segundo o presidente do Legislativo, fazia 10 dias que não conversava com o reitor da universidade, o que causou uma saia-justa para o petebista.

“Já haviam deliberado para a votação hoje [terça-feira]. O projeto foi devolvido à Prefeitura, que infelizmente não mandou para a votação. Os grandes prejudicados são as milhares de pessoas que são atendidas no Hospital Escola. As obras estão paralisadas desde março do ano passado”, desabafou o vereador Lineu Navarro (PT).

“A Prefeitura de São Carlos não tem capacidade para tocar um hospital que consumirá R$ 15 milhões por mês. Qual o departamento que está emperrando esse processo?”, questionou o petista.

Catharino saiu em defesa do governo relatando que teria ocorrido uma conversa entre Marquinho e o reitor Targino, definindo a votação para a próxima terça-feira. No entanto, Lineu pediu uma aparte revelando que Marquinho enviou mensagem de texto desmentindo a conversa. Catharino sustentou as palavras e soltou: “Não sou demagogo”.

Segundo o petebista, o papel de cada ente deve ser bem definido no projeto para que não haja prejuízos à população. Edson Fermiano (PR) discordou de Catharino. “Tivemos 15 dias, um mês para discutir esse projeto. Ele deveria estar aqui para ser votado. Compromisso é compromisso. Fica ruim se a Prefeitura não enviar o projeto para a próxima sessão”.

O vereador Ronaldo Lopes (PT) cobrou uma postura mais enérgica dos vereadores da base aliada ao governo Paulo Altomani (PSDB). “Precisamos parar de hipocrisia. Hoje [ontem] teve reunião dos vereadores da base com o prefeito. Por que a base não exigiu o envio do projeto à Câmara? Estamos prejudicando a população e podemos perder a federalização do Hospital Escola. Tivemos a oportunidade de contribuir com as discussões sobre a federalização quando houve a audiência pública, e isso já passou”, comentou.

O Primeira Página tentou ouvir o presidente da Câmara, Marquinho Amaral, sobre as discussões, mas a reportagem não conseguiu localizá-lo. Também tentou um contato com o reitor Targino para saber se houve o contato, porém sem sucesso.

 

Críticas veladas

Os vereadores aprovaram um convênio com a Associação de Artes de São Carlos, de R$ 225 mil, para a realização da Parada das Flores, projeto idealizado pelo vereador Antônio Carlos Catharino (PTB), na década de 1990.

O convênio foi aprovado por unanimidade, no entanto, alguns vereadores fizeram ressalvas, como é o caso de Aparecido Donizetti Penha (PPS). “Precisamos apoiar a bandeira da cultura, mas não podemos esquecer de outras bandeiras. Existem pais chorando porque não conseguem comprar fraldas e não encontram os produtos na Rede Municipal de Saúde”, disse Penha. “Antes da festa bonita, precisamos resolver a questão das fraldas”, completou.

A vereadora Cidinha do Oncológico (SDD) também revelou algumas dificuldades encontradas na Rede de Saúde. Faltam papel higiênico, alimentos de uso enteral (por sondas), remédios para o tratamento de câncer e agulhas de insulina. “Precisamos da estruturação da Rede de Urgência e Emergência, do AME, mas precisamos cuidar das Unidades de Saúde da Família e das Unidades Básicas de Saúde”, argumentou.

 

 

 

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