Votar com serenidade e responsabilidade
O Brasil vai às urnas no próximo sábado, no derradeiro 2º turno para a escolha de seu próximo Presidente da República, num clima pautado ainda pela indefinição estatística de quem sairá vencedor do pleito. O certo é que, vença quem vencer, o Brasil não será o mesmo a partir de dia 26 de outubro. O clima está ainda fortemente impregnado com o clamor das manifestações populares de 2013, que reuniram centenas de milhares de pessoas por todo o país, exigindo mudanças políticas. E, se houve um ténue esboço do Governo Federal para corresponder a essas exigências, os gestos emitidos não foram exatamente no sentido de promover as aludidas mudanças, mas sim – e apenas – com o intuito de “arrefecer” os ânimos populares, já que, segundo indica, o nosso povo tem memória curta e é passivo (segundo a opinião de alguns políticos). Todavia, os resultados do 1º turno das eleições para Presidente da República demonstraram, inequivocamente, que mais de metade da população brasileira quer uma mudança radical e imediata no rumo político do país, constantemente sacudido, ao longo dos anos, por escândalos de corrupção e de compadrio. Como candidatos, aparecem a atual Presidente da República, que luta por sua reeleição, e o atual representante do maior partido da oposição. Enquanto um tenta difundir, entre os eleitores, melhorias nos programas do Governo Federal (que poderiam ter sido implantadas já em 2013, após as manifestações populares), o outro tenta apresentar um novo conjunto de propostas que derrubem as que se encontram em curso, consideradas ineficazes para o desenvolvimento do país e bem-estar dos cidadãos. Seja como for, o Brasil precisa mudar de rumo e, para isso, o eleitor precisa, necessariamente, votar com serenidade e responsabilidade, sabendo que sua decisão será preponderante para a sua própria felicidade e de sua família.
(*) Jornalista das áreas de ciência e tecnologia – correspondente internacional
