Bixiga 70 volta a São Carlos após dois anos de sua primeira apresentação
Neste dia 22 de novembro, dia em que é comemorado o dia do músico, o público de São Carlos que gosta de música instrumental para dançar, terá o prazer de rever a apresentação do grupo paulistano Bixiga 70, que estará no Gig a partir das 22 horas.
A banda, que tem quatro anos de formação, gosta de ser chamado de coletivo, e a união desses músicos foi pelo prazer de tocar o que gosta. Numa pegada bem na linha do grupo carioca Black Rio, mas com referências nitidamente africanas e com o swing latino.
O Bixiga 70 vem com um grande time de 10 artistas de peso de outras bandas que também já passaram pela cidade. São eles: Décio 7 (bateria); Marcelo Dworecki (baixo); Cris Scabello (guitarra); Mauricio Fleury (teclado e guitarra); Rômulo Nardes (percussão); Gustavo Cecci (percussão); Cuca Ferreira (sax barítono); Daniel Nogueira (sax tenor); Douglas Antunes (trombone); e Daniel Gralha (trompete).
Confira a entrevista exclusiva a seguir:
JPP – Quatro anos na estrada, quase 5, e o reconhecimento à banda já é nítido. A banda esperava isso? Como tem lidado com a repercussão da essa sonoridade, que mescla tantas culturas e não se utiliza de vocais e letras?
B70 – A banda nasceu do desejo coletivo de tocar a música que a gente queria, com toda a liberdade possível. São 10 músicos, cada um já com uma trajetória dentro da música, seja acompanhando cantores ou produzindo trabalhos de outras pessoas. Quando formamos o Bixiga70, queríamos fazer um som que nos desse a liberdade de experimentar, de improvisar, de explorar os ritmos afro-brasileiros, com os quais todos da banda se identificam. Por isso, apesar de já termos colaborado com vários cantores em projetos especiais, o som desde o início nasceu instrumental. A aceitação tem sido maravilhosa, realmente surpreendente para uma banda instrumental, o que só nos motiva pra trabalhar cada vez mais.
JPP – Por ser uma Big Band, isso não dificulta a circulação? Encarece shows? Como é isso pra vocês?
B70 – Dificulta bastante, porque são 10 pessoas no palco, mais nossa equipe, o que dá umas 14 pessoas viajando. Não é fácil, e temos consciência que nossa maior vitória é viabilizar um projeto como esse. Mas como falei antes, a banda nasceu do desejo de fazer esse som, e isso sempre foi o mais importante. As questões práticas nunca foram as prioritárias.
JPP – As referências sonoras que a banda traz remetem aos anos 70, quem são as referências para alcançar essa sonoridade de miscelânea tão original?
B70 – Não só aos anos 70. O eixo comum das nossas influências são os ritmos africanos, e suas derivações pelo Brasil e pelas Américas. Pela própria característica da banda, de fazer tudo coletivamente, nossas influências acabam sendo a soma das influências e referências de cada um dos 10 integrantes. E a nossa única preocupação é que a soma de tudo isso gere um som que faça as pessoas celebrarem e dançar!
JPP – Já foram indicados como melhor show em 2010 pelo Guia Folha, melhor disco pela revista Rolling Stones e outros sites e blogs especializados, como se sentem em relação a isso?
B70 – Muito felizes, principalmente porque isso nos possibilita continuar o trabalho, e faz com que ele chegue a um número cada vez maior de pessoas.
JPP – Todos os álbuns estão disponíveis para download? Como interagem com o público na internet?
B70 – Sim, todos os nossos discos estão disponíveis para download gratuito. Também estão a venda, tanto on-line como fisicamente, mas a internet para nós é fundamental para fazer o nosso som chegar ao maior número de pessoas possível. Temos uma página bastante ativa no facebook, que acaba concentrando nossa interação com o público. Todos estão convidados.
JPP – Já lançaram 3 discos e dois compactos, o que o público do Gig pode esperar do show? Faça o convite para São Carlos comparecer em peso no dia 22
B70 – Salve Galera de São Carlos, estamos chegando com um show novo, que já traz algumas novidades que entrarão no nosso terceiro disco, a ser lançado em 2015. Pra quem gosta de dançar, pode chegar que, se depender da gente, o baile vai ser quente!
SERVIÇO
BIXIGA 70
22/11, às 22h
Gig – Espaço de Gastronomia e Arte