Como usar o Enem para entrar em faculdades
Só no ano passado, mais de 6 milhões de pessoas se
inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Criado em 1998 com a
finalidade de avaliar os estudantes do ensino médio, a prova se tornou na
última década no grande vestibular nacional.
Em dois dias de exame, os inscritos respondem a 180 questões objetivas e fazem
uma redação. No primeiro dia de prova, as disciplinas são de Ciências Humanas e
Suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias e Redação. Já no
segundo dia de prova, é a vez de Matemática, Códigos e Suas Tecnologias, e
Ciências da Natureza e Suas Tecnologias. Cada disciplina possui 45 questões.
O resultado do Enem é usado tanto para pleitear vagas nas universidades
públicas – por meio do Sisu – como para acesso a bolsas de estudo e
financiamento estudantil nas instituições privadas. A nota também é considerada
por algumas instituições do exterior para a seleção de estudantes brasileiros.
Além disso, se a pontuação for igual ou superior a 450 pontos e o candidato não
ter zerado a
redação, a prova pode isentar o candidato de realizar o vestibular tradicional
de algumas faculdades privadas que adotam a nota do Enem como critério de
seleção.
Veja em detalhes os usos do Enem:
– Sistema de Seleção Unificada
(Sisu): programa dá acesso a vagas em instituições públicas de ensino superior.
A seleção ocorre duas vezes ao ano, e respeita a nota do Enem, desde que o
candidato não tenha zerado a redação. O candidato acessa o site
sisu.mec.gov.br, insere seu número de inscrição e senha cadastrada no Enem e
escolhe até duas opções de curso. No encerramento da fase de inscrições, os
candidatos são automaticamente selecionados de acordo com as notas no Enem e os
critérios da instituição escolhida.
– Programa Universidade para Todos (ProUni): oferece bolsas de estudo em
instituições particulares para candidatos com renda familiar bruta mensal de
até três salários mínimos por pessoa. É destinado a alunos que cursaram o
ensino médio na rede pública ou na rede particular como bolsistas integrais. Exige
a nota mínima de 450 pontos no Enem e que o estudante não tenha nota zero na
redação. A seleção se dá de acordo com as notas obtidas.
– Fundo de Financiamento Estudantil (Fies): concede financiamentos a juros
reduzidos, que podem mesmo chegar a zero para alunos com renda per capita
mensal familiar de até três salários mínimos. O empréstimo pode ser pago após a
conclusão do curso. Como o ProUni, vale a regra de 450 pontos no Enem e não ter
zerado a redação.
– Acesso direito: muitas instituições de ensino particulares – entre elas,
algumas das mais tradicionais – aceitam a nota obtida no exame como critério de
seleção. Nesse caso, não é preciso fazer vestibular e uma boa notícia é que o
ingresso para 2020 ainda está aberto em muitas dessas instituições.