Crivella diz que não vai relaxar medidas mas descarta isolamento total
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella,
disse nesta última sexta-feira (1º) que não há motivos para relaxar
as medidas adotadas no município para combater a pandemia do novo coronavírus
(covid-19). A declaração foi dada durante a inauguração do hospital de campanha
montado no Riocentro, zona oeste da cidade. A unidade foi aberta parcialmente,
com 80 leitos de enfermaria e 20 de UTI.
“Se olharmos número de internação, de CTI e o número de óbitos, não temos
motivos para relaxar nossas medidas, porque esses números crescem, mas crescem
numa proporção não comparada aos demais países, que foi de caos”.
Sobre a possibilidade de estabelecimento de um isolamento total, o
chamado lockdown, Crivella
disse que espera que não haja necessidade de decretar essas medidas. O prefeito
informou, ainda, que vai se reunir com setores da indústria e comércio para
discutir um plano de retomada.
“Com os leitos de UTI e enfermaria e as medidas sendo sedimentadas na
população, com certeza vamos tirar essa curva, que hoje está em torno
de 20 óbitos por dia. A necessidade de internação e de CTI cai também, em
seguida, e vamos aumentar a disponibilidade de leitos. Esse final de semana já
vou estar reunido com o pessoal da indústria, comércio e serviços para nos
termos um plano de retomada. No meu coração, o que hoje me vem é a
retomada, já
que estamos nos preparando com as medidas e também com os equipamentos e
profissionais”.
Crivella anunciou que poderá estabelecer multas a comerciantes que atenderem
clientes que não estiverem utilizando máscaras de proteção. Ainda de acordo com
o prefeito, para funcionar com total capacidade, o hospital depende da chegada
de respiradores da China, prevista para o fim da próxima semana.
Crivella informou que pretende, até meados de maio, ampliar a capacidade
da rede municipal de saúde para 900 leitos de UTI para o atendimento de
infectados pelo covid-19.
Para o hospital de campanha inaugurado nesta última sexta-feira (1º), o
prefeito afirmou que já contratou 200 médicos, mas ainda precisa de outros 200
para que a unidade funcione a plena capacidade.