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Estado mantém mais de 200 homens em operação de resgate

05/03/2020 00h04 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Estado mantém mais de 200 homens em operação de resgate Fotos: Divulgação

O Governo de São Paulo mobiliza um total de 210 homens na operação de buscas aos desaparecidos na Baixada Santista. As equipes formadas por policiais civis, militares, técnico-científicos, bombeiros e oficiais da Defesa Civil prestam apoio aos municípios de Guarujá, Santos e São Vicente, que foram fortemente impactados pelas chuvas da madrugada de terça-feira (3). Os trabalhos envolvem resgate, salvamentos e identificação das vítimas.
O balanço mais recente indica que as fortes chuvas que incidiram sobre a região da Baixada Santista na madrugada de terça-feira (3) provocaram, até o momento, 21 mortes e 28 pessoas estão desaparecidas, nos seguintes municípios: Guarujá (17 mortes e 21 desaparecidos), Santos (3 mortes e 5 desaparecidos) e São Vicente (1 morte e 2 desaparecidos). O número atual de desabrigados é de 118 no Guarujá, 3 em São Vicente e 150 em Santos. Quanto aos desalojados computados, são 100 em Santos e 20 em São Vicente.
Os trabalhos do Corpo de Bombeiros e das Polícia Militar estão concentrados no Morro do Fontana (Santos), no Parque Prainha (São Vicente) e nos morros do Macaco, Cantagalo e Engenho (Guarujá), pontos de deslizamentos com relatos de familiares sobre desaparecimentos de vítimas. As ações na Vila Valença (São Vicente) e morros da Penha e do Tetéu (Santos) foram concluídos.
A Defesa Civil presta apoio nas buscas, com equipes in loco, e ainda realiza contínuo monitoramento por meio do Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil, localizado na capital. O órgão também tem atuado diretamente no encaminhamento das 15,6 toneladas em itens de ajuda humanitária (colchões, cobertores, cestas básicas, roupas, água sanitária e água potável) enviadas pelo Governo do Estado aos desabrigados da Baixada Santista.
No Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, o Governador João Doria homologou sumariamente os decretos municipais de situação de anormalidade do Guarujá (estado de calamidade pública), Santos e São Vicente (situação de emergência). Agora, seguem para a Defesa Civil Nacional para o devido reconhecimento federal.
A Polícia Civil, por meio da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, realiza a perícia e identificação das vítimas. As ações são feitas pelo Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML), com apoio do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). Até o momento, 15 corpos de vítimas foram liberados às famílias e outro está em processo de necropsia e identificação.
Desenvolvimento Social
Na tarde desta quarta-feira, a secretária de Secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Célia Parnes, estará no Guarujá e realizará uma reunião de secretariado com os nove municípios da Baixada Santista, com o objetivo de fornecer orientações sobre antecipação de benefícios e apoio às vítimas das chuvas. Além do encontro, a Secretária vai visitar um dos abrigos temporários da região e entregar 500 kits de higiene pessoal para as pessoas desalojadas.
‘Morreu como herói’, diz viúva de bombeiro; mortos por chuvas chegam a 21
“Ele morreu como um herói, fazendo o que gosta”, disse Ana Moraes, viúva de Rogério de Moraes Santos, de 43 anos, um dos dois bombeiros que morreram enquanto tentavam salvar uma mulher e um bebê no Guarujá, cidade mais atingida pelas chuvas na Baixada Santista esta semana. A dupla participava do resgate quando houve novo deslizamento. O temporal já deixou pelo menos 21 mortos e 28 pessoas seguem desaparecidas.
“Só tenho a agradecer por ter compartilhado esses 23 anos com ele”, acrescentou a dona de casa. O velório de Santos foi feito na tarde ontem (4), no Cemitério Municipal da Saudade. O corpo chegou ao local por volta das 12 horas em um caminhão do Corpo de Bombeiros. A viúva e os três filhos do casal – duas jovens, de 21 e 19 anos, e um adolescente de 16 – também estavam no veículo. Na sala ao lado, ocorreu o velório da mãe e da criança que morreram soterrados no Morro do Macaco Molhado.
Aos poucos, bombeiros de diversos batalhões chegaram para uma última homenagem a Moraes. Alguns mais próximos e que trabalhavam com ele estavam muito emocionados. Um deles foi o sargento Francisco dos Santos, que se formou com Moraes e trabalhou com ele ao longo dos últimos 20 anos. “Era um cara íntegro, honesto e grande parceiro. Um pai de família, um grande confidente meu. É difícil falar algumas palavras, mas Deus levou nosso amigo para junto dele. O Moraes era o que define ser bombeiro”, disse.

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