30 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Após irregularidades, cemitério adota regras para trabalho de pedreiros

Após irregularidades, cemitério adota regras para trabalho de pedreiros

11/05/2013 11h52 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Após irregularidades, cemitério adota regras para trabalho de pedreiros

O diretor de Serviços Urbanos da Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura de São Carlos, Carlos Alberto Talarico, informou que a administração do cemitério Nossa Senhora do Carmo redobrou os cuidados antes de autorizar obras em túmulos por conta dos escândalos da venda irregular de sepulturas no maior cemitério de São Carlos, a qual resultou no indiciamento de duas pessoas.

 

Talarico informou que pedreiros e empreiteiros, a partir de agora, devem seguir normas estabelecidas pela administração. Os cerca de quinze profissionais que atuavam no local podem continuar a prestar serviços no cemitério, desde que sigam algumas regras.

“Para uma simples reforma, pintura ou construção de túmulo, o pedreiro deve comunicar a obra à administração. Além disso, precisa seguir o projeto determinado pela administração”, explica.

Segundo Talarico, anteriormente, muitas reformas ou construções de túmulos chegavam ao conhecimento de quem administrava o cemitério. O interessado em realizar obras no Nossa Senhora do Carmo também poderá, a partir de agora, levar um profissional da confiança dele para realizar a obra. “Desde que o fato seja comunicado à administração, que fica no próprio cemitério”, completa.

O diretor de Serviços Urbanos comentou que os 30 mil túmulos passam por cadastramento, que é coordenado pela Fundação Pró-Memória de São Carlos, mas não tem prazo para conclusão.

Outra medida adotada é a proibição de publicidade dos pedreiros no cemitério. “Os pedreiros que guardavam os materiais de trabalho no cemitério foram convidados a retirá-los. O prazo final é até a próxima segunda-feira”, explicou.

 

O CASO – O escândalo no cemitério Nossa Senhora do Carmo ganhou corpo novamente após a denúncia da representante comercial Solange Maria Dias, que veio a São Carlos para visitar o túmulo dos três filhos, mas não o encontrou. Para surpresa dela, o local foi vendido para outra família. Esse fato foi descoberto no dia 11 de abril. O caso foi conduzido ao 1º Distrito Policial da Vila Nery e o delegado Maurício Antônio Dotta e Silva seguiu com as investigações.

No dia 17, compareceu à delegacia a advogada da família que comprou o túmulo comprovou a transação ocorrida em 18 de julho de 2005 por R$ 2 mil. Na mesma data uma outra denúncia. Uma mulher foi à delegacia afirmando que o túmulo da mãe foi vendido. Os restos mortais estavam em um ossário e os do tio não foram encontrados.

O ex-administrador do cemitério, Paulo Damin foi indiciado no final do mês de abril por peculato e violação de túmulos. Um empreiteiro de 65 anos responde pelo crime de violação de túmulos.

De acordo com o delegado Dotta e Silva, o caso envolvendo o comércio do túmulo da família de Solange foi remetido ao Ministério Público para a sequência das investigações. Ainda de acordo com o delegado, as investigações que envolvem o ex-administrador e o empreiteiro continuam.

 

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x