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Canteiro central das marginais abrigará centrovias

28/08/2013 22h21 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Canteiro central das marginais abrigará centrovias

As ciclofaixas das avenidas marginais estão com os dias contados. Onde houver faixa de terra no canteiro central nas avenidas Francisco Pereira Lopes e Comendador Alfredo Maffei, ela receberá a construção de ciclovias. Assim as pistas de rolamento onde hoje existem as ciclofaixas serão novamente liberadas para o tráfego de veículos motorizados.

 

A informação é do secretário municipal de Obras Públicas, engenheiro Marcio Marino. Ele afirmou ontem que as ciclovias serão construídas para garantir maior segurança para os usuários de bicicletas e melhorar a fluidez do trânsito. Ele também avisa que somente haverá a retirada das ciclofaixas após a conclusão das novas ciclovias. “Com as ciclovias, as vias ficarão mais largas e haverá mais segurança para os ciclistas”.

Marino explica que com os novos trechos de ciclovia haverá uma ligação, através das margens dos cursos d’água, onde isso for possível. “Nós estamos buscando criar circuitos que ligam algumas regiões. Então, queremos ligar o centro e outros bairros, ligando, por exemplo, o Sesc à Avenida Henrique Gregori através da rotatória do Cristo Redentor. Também vamos ligar o Sesc a outras regiões pela Francisco Pereira Lopes e aí por diante”. Segundo ele, o complicado é completar a ciclovia pela marginal em alguns trechos onde não há, no canteiro central, espaço para a construção da faixa exclusiva para bicicletas. “O Ministério Público não permite que a área seja aterrada para a construção da ciclovia”.

 

OUTRO LADO – A reportagem tentou ouvir o Ministério Público para que houve o pronunciamento oficial do órgão. O promotor Marcos Funari confirmou que existe um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o MP e a Prefeitura com relação à construção de ciclovias nas marginais. Porém, o promotor Sérgio, que poderia falar sobre o assunto, estava em audiência e não pôde atender a reportagem.

 

AVALIAÇÃO

Associação de Ciclismo aprova mudanças anunciadas

Para Adriana Salomé, diretora da Associação São-Carlense de Ciclismo, ONG (organização não governamental), a extensão das ciclovias em São Carlos é necessária já que ela hoje é muito curta. “Quanto a qualidade, enquanto ciclofaixa o perigo é muito grande com os carros passando 60 quilômetros por hora nas marginais, ou mais. Para um uso mais adequado, realmente falta mais ciclovias e que elas estejam interligadas”.

A mudança da ciclofaixa do lugar onde está, na pista de rolamento,  para o canteiro central, das marginais,  passando assim, a ser ciclovia, segundo Adriana, é o mais adequado. “A velocidade dos carros na marginal (60 km/h ou mais) é muito alta, mas não podemos esquecer da necessidade de interligação ao chegar nos cruzamentos e necessidade de um acesso ou uma saída da via de forma segura”.

Segundo ela, na região central a única solução existente é a utilização das ruas de forma compartilhada com a bicicleta, pois não há espaço para algum tipo de ciclovia/ciclofaixa. “Mas para a implantação disto é necessário a redução da velocidade dos carros, “traffic calming”.

Outra alternativa seria, segundo ela, a retirada do estacionamento de um lado da via. “Assim, este espaço poderias ser transformado numa faixa para o ciclista, já que, principalmente, nas subidas a velocidade do ciclista é, em geral, menor que a metade da velocidade dos veículos”.

A ciclista ressalta também que o relevo de São Carlos dificulta para que mais pessoas se animem a utilizar a bicicleta. “Para a região central talvez o que pode ajudar é a existência de um ônibus ou VLT que levasse bicicletas no percurso Norte-Sul, região com mais subidas”. Segundo ela,  a solução nem sempre é a utilização das marginais, já que muitas vezes aumenta o percurso da viagem significativamente.

Ela não é entusiasta da utilização de bicicletas motorizadas. “É quase quase como utilizar uma moto, portanto, com o grande perigo de acidentes. Além disso, há a falta de atividade física neste caso e gera poluição. Para o caso de uma bicicleta movida a combustível fóssil, eu até chamaria de mobilete e não de bicicleta. Já que o relevo não ajuda, o que pode ser pensado, é utilizar o que se chama de ‘electric-assist bicycle’, bicicleta que necessita que você pedale, mas te ajuda tornando o passeio mais leve.”

 

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