Cirurgias eletivas chegam a marca de 700 realizadas
Operado há quase 60 dias, o aposentado João da Silva, passou pelo processo cirúrgico para tratar a hérnia. Depois de um ano e oito meses aguardando na fila de espera com dores e sem poder fazer esforço o paciente foi encaminhado para fazer a cirurgia. “Recebi uma ligação do hospital dizendo que minha cirurgia estava marcada. Foi a melhor notícia que eu poderia receber”, comemora seu João.
Nesses quase dois anos de espera, o aposentado passou por diversos exames que foram invalidados em decorrência do tempo de espera. “Os exames que eu tinha feito antes, não foram validados, pois já estavam antigos, fazia um ano que eu tinha feito os exames e não tinha sido atendido”, declara.
Quando chamado para a realização da cirurgia o aposentado conseguiu fazer todos os exames que haviam sido invalidados em apenas um dia. “Passei por todos os exames em um dia, e na outra semana já fui encaminhado para fazer a operação,” lembra.
Assim como ele, há dois anos a funcionária pública, Silvia Helena Ramos, mãe de três filhos, começou a sentir fortes dores e desconforto. Com dificuldade para trabalhar ela passou por exames que constataram que ela precisaria passar pela retirada cirúrgica da vesícula biliar. Desde então ela ficou na fila de espera, a notícia de que seria atendida veio somente no dia 28 de março desse ano. Realizada a cirurgia, em poucos dias Silvia já estava em casa se recuperando e voltando aos poucos para sua rotina. A funcionária pública esta recebendo acompanhamento nesta etapa de recuperação e espera a liberação do médico para voltar a trabalhar.
Na mesma situação, esperando por uma vaga no centro cirúrgico, Andyara Paulina Pires, 29 anos, começou a apresentar um quadro de infecção no ano passado, sendo afastada imediatamente do trabalho. Em consultas realizadas a jovem descobriu a doença. Ela estava com Cisto Sacrococcígeo. A partir do diagnóstico, Andyara foi encaminhada para o médico onde foi constatado que ela precisaria passar por uma cirurgia urgente. “Marcaram a minha cirurgia para o começo de abril. Fui internada na manhã do dia 5 e no final do dia já tinha passado pela cirurgia”, relata. Em processo de recuperação Andyara passa diariamente pelo médico para tratar o curativo. De repouso em casa, ela espera voltar à rotina em breve.
O aposentando João da Silva, a funcionária pública Silvia Helena Ramos e a jovem Andyara Paulina Pires e outras 688 pessoas já conseguiram resolver os seus problemas de saúde graças ao convênio assinado no dia 25 de março pelo prefeito Paulo Altomani e a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, garantindo a realização de mais de 3 mil cirurgias eletivas. Os recursos para o pagamento desses procedimentos, cerca de R$ 9 milhões, foram remanejados do orçamento do município para dar suporte financeiro para que as cirurgias fossem realizadas.
Desde o começo de abril foram realizadas 370 cirurgias oftalmológicas, 129 cirurgias entre ginecologia, pediatria, cirurgia plástica corretiva, ortopedia e otorrinolaringologia e 192 cirurgias de urgência/emergência, totalizando 691 cirurgias realizadas pela Santa Casa de São Carlos.
“Foram chamados os pacientes da lista de espera para realizarem os exames pré-operatórios. Muitas pessoas já esperavam há muito tempo, por isso tiveram que refazer muitos dos exames”, ressalta Wander Roberto Boneli, chefe da divisão da Auditoria da Secretaria da Saúde.
A Santa Casa conta com médicos cardiologistas para fazer as avaliações e o Hospital Escola, em acordo firmado com a Secretaria de Saúde, oferece os exames de Raios-X e Dopller venoso para as cirurgias que necessitem, e o laboratório para exames laboratoriais.
Para o provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, a tendência é aumentar o número de cirurgias mês a mês. “A meta é minimizar o sofrimento da população mais carente. Estamos acompanhando de perto o processo de internação e recuperação dos pacientes”, garante o provedor.
