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Dia de Reis simboliza fim de peregrinação

06/01/2012 07h39 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Dia de Reis simboliza fim de peregrinação

Nesta sexta-feira (6) é comemorado o Dia de Reis, data em que, na tradição cristã, os três reis magos – Belchior, Baltazar e Gaspar – visitaram Jesus Cristo recém-nascido, levando-lhe presentes. Em homenagem a eles, católicos realizam a Folia de Reis, na qual grupos peregrinam pelas ruas das cidades, levando as bênçãos do menino Jesus para as pessoas que os recebem. É o caso da Companhia de Santo Reis Estrela Guia, assim registrada em 25 de Junho de 1999, no entanto, que completa 26 anos de existência neste ano.

O mestre-embaixador da companhia, Azenildo da Silva, começou a participar das Folias de Santo Reis quando tinha 9 anos de idade. Hoje, aos 62 anos, se mostra muito orgulhoso por nunca ter abandonado o ritual. “Nós visitamos a casa dos devotos a fim de levar nossa Bandeira, ou seja, um estandarte com os três reis magos e a mangedoura em que está o menino Jesus ao lado de José e Maria e fazemos cantos improvisados que louvam os quadros de Santos, presépios, pedindo bênção para a casa e toda a família”, explica.

Tradicionalmente a peregrinação tem início na véspera do Natal e termina no dia 06 de janeiro, no entanto, a Cia. Estrela Guia realiza os rituais durantes os finais de semana. Isso porque, segundo Azenildo, algumas adaptações foram necessárias para adequação à rotina dos participantes. “Em alguns lugares as pessoas ainda fazem isso, doze dias sem parar. Hoje, é impossível. Muitos trabalham, as firmas não liberam. Por esse motivo fazemos a peregrinação sempre à noite: começamos em setembro para fazer de sábado para domingo e assim não atrapalhar o emprego de ninguém. Dessa maneira, seguimos com nosso trabalho religioso”, conta.

André da Silva, filho de Azenildo e oficialmente integrante da Companhia desde os 11 anos de idade, é quem assume o posto de embaixador na falta do pai. Seu filho mais velho, Arthur da Silva, 5, tende a seguir os passos do avô e do pai, pois já faz parte da percussão da Estela Guia, tocando reco-reco e bongô. “Cada personagem do ritual da Folia de Reis exerce uma função. O meu pai, como embaixador, é quem organiza, mantém a coesão do grupo,improvisa os versos e puxa a cantoria. Os músicos e cantadores compõem a toada da Companhia. O bandeireiro conduz a nossa bandeira, contando com a proteção dos bastiões, que são os palhaços”, explica André.

Nesta noite, a bandeira retornará à casa de Azenildo, após mais de três mesesem peregrinação. Afesta de chegada da mesma, organizada com os donativos arrecadados ao longo deste tempo, acontecerá no dia 14 de janeiro no salão da igreja Santa Luzia.

 

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