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Em 10 anos, natalidade diminui e mortalidade infantil aumenta

23/03/2013 14h08 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Em 10 anos, natalidade diminui e mortalidade infantil aumenta

Pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) demonstra o aumento na taxa de mortalidade e queda na taxa de natalidade, no período de 10 anos (2001-2011) em São Carlos. Levando em consideração o índice da população geral, em 2011, de 223.957, e em 2001 de 195.643 habitantes.

 

O último levantamento municipal apresentado pelo Seade é referente ao ano de 2011 que apontou a taxa de natalidade, por mil habitantes, em 12,94. No mesmo ano, foram registrados 2.898 nascidos vivos e 22 nascidos mortos. A taxa de natimortalidade foi de 7,53.

Em 2001, a taxa de natalidade representava 14,61 para cada mil habitantes, sendo o levantamento de 2.859 nascidos vivos e 20 nascidos mortos. A taxa de natimortalidade ficou em 6,95.

O número de partos cesarianos aumentou em 2011 para 74,21% em comparação aos primeiros dados registrados de 2004 quando foram 66,80%.

A professora do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Carla Polido, comenta que a queda da natalidade tem como fator principal uma sociedade que diminui o número de filhos por casal conforme aumenta a escolaridade e melhora o nível socioeconômico da população. “Casais adotam medidas de planejamento familiar e escolhem o número de filhos, com tendência atual a menos de dois filhos por família”, explica.

A mortalidade infantil é o principal indicador da saúde pública segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e em São Carlos, os dados apontam que o índice de mortalidade infantil fechou o ano de 2011 em 11,39, para cada mil habitantes nascidos vivos; em 2001 o índice era de 8,04.

Outros índices apresentados pela pesquisa, foram as taxas de mortalidade neonatal (óbitos de crianças com menos de 28 dias de vida) que em 2011 registraram 8,97, enquanto em 2001 foram de 4,55, e de mortalidade perinatal (mortes fetais com 28 ou mais de semanas de gestação ou óbitos de nascidos vivos com menos de sete dias de vida) que em 2011 foram de 14,73 e em 2001, de 10,42.

Polido explica que a atenção inadequada ao pré-natal e ao parto, cuidado inadequado ao nascimento e acompanhamento longitudinal da criança, feito de forma insuficiente (na rede de saúde), contribuem para as maiores taxas de mortalidade. Além, é claro, de algumas situações inevitáveis, como doenças maternas e dos fetos e recém-nascidos, como malformações ou infecções. A mortalidade infantil também está muito relacionada com desnutrição, principalmente por conta do desmame precoce.

“Há necessidade de melhora da atenção em todos os níveis, pois ainda temos na região mortes que seriam evitáveis com os corretos diagnósticos e abordagem terapêutica”, explica Polido.

A taxa de mortalidade geral em São Carlos, por mil habitantes, obteve o índice de 7,07 em 2011. A taxa de mortalidade da população entre 15 e 34 anos, por cem mil habitantes nessa faixa etária, foi de 107,77; a taxa de mortalidade da população de 60 anos e mais teve um ligeiro aumento para 3.772,25.

Já em 2001 a taxa de mortalidade de 60 anos e mais foi de 3.764,90 para cada cem mil habitantes. A geral foi mais baixa, registrando 6,33 na faixa etária de 15 a 34 anos que representava 152,12. A mortalidade na infância em 2011 foi de 12,42 e em 2001 o índice foi de 10,14.

Índice de envelhecimento também vem aumentando ao longo dos anos, em 2001 era de 45,64; em 2011 passou para 69,47 e em 2012 chegou a 72,51. Isto já é um alerta de que a população brasileira está ficando mais velha e com isso é preciso pensar na qualidade de vida após 70 anos.

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