Funcionários da prefeitura ficam sem refeição

04/01/2013 11h02 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação

Cerca de 300 trabalhadores rurais da prefeitura estão sem receber o café da manhã (formado por café com leite, suco, uma fatia de bolo e pão com presunto e mussarela)  desde o dia 19 de dezembro: “Já vinha minguando, servindo pão com manteiga. Mas a partir do dia 19, segundo informação do pessoal, informação que eu só fiquei sabendo hoje, não estava servindo o que foi fechado no acordo coletivo”, afirma Adail Alves de Toledo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Carlos (SINDISPAM), que completa: “Ontem (02) recebi umas ligações que a cozinha industrial no CEAGESP estava fechada. Lá estando fechado, não iria ter lanche. E hoje (03), por volta das 5h15, estive na cozinha. Não encontrei ninguém, apenas a guarda municipal tomando conta do patrimônio. Tudo fechado. E é na madrugada que eles preparam o lanche. Daí, pra minha surpresa, que fiquei sabendo por meio do atual secretário de Agricultura e Abastecimento e vice-prefeito, Cláudio Di Salvo, que a secretaria, vamos dizer assim, já  tinha abandonado lá”, explicou Toledo.

A exigência do SINDISPAM é que se cumpra o contrato, afirma o presidente da entidade: “Sinceramente fiquei contente em ver a disposição do Di Salvo em dizer que amanhã já vão resolver a questão, tanto que ele pediu que o Sindicato fizesse um documento para fazer o contrato emergencial, mas amanhã já vai ser entregue o lanche para o pessoal poder ir a campo trabalhar. É importante para nós que chegue até o servidor essa alimentação, que é importantíssima para eles”, diz Toledo.

Sem café da manhã, os trabalhadores reagiram com uma paralisação: “Eu expliquei aos funcionários a real situação, e eles entenderam muito bem e voltaram ao trabalho”, afirma Cláudio Di Salvo, que completa: “A partir de amanhã (04) disse que estaria resolvido esse problema. Vamos fazer um contrato emergencial para atender as necessidades básicas. Vamos tomar já as medidas junto às empresas, pois produtos para fazer a alimentação nós temos, está faltando somente a manipulação. Vamos resolver o mais rápido possível”.

A falta de café da manhã seria explicada pelo vencimento, no dia 31 de dezembro, do contrato da empresa que fornecia a alimentação aos funcionários, o que também provocou o não funcionamento dos restaurantes populares.

OUTRO LADO

A reportagem do Primeira Página entrevistou a ex-secretária da Agricultura e Abastecimento, Regina Bortolotti, que afirmou: “A empresa estava em seu direito, com aviso prévio e sabendo que contrato venceria dia 31, de parar as atividades na semana das festas, anterior ao fim do contrato. Período em que a prefeitura também fez ponto facultativo e paralisou várias atividades. Fiz a minha parte. Até o último dia em que trabalhei não faltou café da manhã”, explicou.       

RESTAURANTE POPULAR

“Nós tínhamos um pregão vigente que cuidava da mão de obra responsável por fazer essa comida que é distribuída nos restaurantes, tanto o café da manhã quanto almoço e jantar”, afirma Juliana Fernandes, auxiliar administrativa da prefeitura, que completa: “E o contrato com ela terminou no dia 31 de dezembro. Sabíamos que a cozinha iria funcionar até o dia 21 de dezembro, porque depois disso a empresa pararia, pois optou por fazer a dispensa dos funcionários uma semana antes do fim de ano”, afirma, dizendo ainda que isso não aconteceu em outros anos: “Este ano foi o primeiro em que os funcionários da Secretaria de Agricultura e Abastecimento pararam dia 18 de dezembro”, diz.

O restaurante popular fornece uma média de 1000 kits de café da manhã e 1600 refeições, 800 no almoço e 800 no jantar.