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Mãe relata a tristeza de perder um bebê que lutou pela vida

22/11/2014 13h31 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Mãe relata a tristeza de perder um bebê que lutou pela vida

Na última semana, o depoimento de Ana Carolina de Arruda Camargo, 21, em uma página na rede social emocionou a todos que puderam ler a triste história da jovem mãe que, por 11 dias, viu sua filha recém nascida lutar bravamente pela vida, após nascer prematura, aos cinco meses de gestação.

Ana Carolina teve uma gestação complicada e acabou perdendo Luiza Vitória. “Parece que foi ontem quando tive a notícia que estava grávida, a melhor notícia do mundo, depois fiquei sabendo que seria mamãe de uma menina. Com 18 semanas as maravilhas começaram, escutar o som do seu coraçãozinho era para mim a melodia mais linda, a preferida. Mas minha filha teve pressa de vir ao mundo. Eu estava de 23 semanas, foi logo quando meu desespero começou, minhas contrações apertaram. Dia 30 de outubro, minha bolsa estourou, o medo me tomou conta, mas lutei contra a dor. Para segurar minha Princesa, aguentei as dores. Foram três dias em cima da cama daquela Maternidade, mas no dia 2 de novembro, não teve solução, meus exames deram uma infecção no meu sangue, por motivos da minha bolsa estar rompida há três dias. Então chegou a hora da minha princesa conhecer o Mundo”, lembrou, muito emocionada.

Segundo Ana Carolina, os médicos disseram que a bebê nasceria morta, mas pelo contrário, por um milagre, Luiza Vitória nasceu viva e chorando. “Escutar o chorinho dela foi o que me deu forças. Minha pequena veio ao mundo com 23 semanas de gestação, pesando 669 gramas, medindo 31 cm. Sim, ela era meu milagre. Foi aí que começou nossa luta juntas”, contou.

O pediatra informou Ana Carolina que Luiza Vitória não teria 48 horas de vida, mas diferente do que foi dito, a pequena resistiu 11 dias, lutando para viver. “Eu tinha fé em Deus e acreditava Nele, e minha Guerreira venceu às 48 horas. Eu chegava naquela UTI Neonatal e via uma força linda, naquela pequena grande guerreira. Ela me passava uma Força que não tinha explicação, mas logo vieram as complicações e tive a notícia que minha filha passaria por uma cirurgia. No dia 13 de novembro, fazia exatamente 11 dias de luta, logo pela manhã, entrei na UTI sozinha para ver minha menina, ela estava quietinha, calma e dormindo, linda, uma bonequinha, mas sou mãe e como dizem que a gente sente a dor dos nossos filhos, eu senti a dor dela, senti que ela não estava bem. No outro horário de visita, entrando naquela Santa Casa, os corredores para chegar na UTI ficaram longos, desesperadores, quando cheguei. Enquanto colocava as roupas próprias para entrar, me deparei com minha pequena brincando com suas mãozinhas, uma cena linda que eu nunca tinha visto. Fui chegando perto da sua incubadora, senti que aquela linda melhora, não era coisa boa, minha menina estava com os olhinhos bem abertos, aqueles olhos lindos, azuis olhando para mim. Ela estava me esperando, toquei nela, ela agarrou meu dedo bem apertado, foi quando os batimentos dela começaram a cair. Olhou para mim, com um olhar de despedida, eu sorri com os olhos cheios de lágrimas e disse com o coração cheio de dor, para ela ir em paz, pois sua missão estava cumprida. Naquele momento, seus olhinhos foram se fechando e minha filha me deixando”, recordou.

 

APRENDIZADO

Para Ana Carolina, esses 11 dias foram uma escola, onde a luta da pequena Luiza Vitória ensinou que não pode desistir. “Ela foi minha escola, onde me ensinou que mesmo com toda dor e sacrifício não podemos desistir. Hoje sei que Deus me deu a chance de me despedir da minha princesa. Então, dia 13 de novembro, depois de 11 dias de luta, minha menina foi brilhar no Céu, ao lado de Deus”, ressaltou

Mesmo buscando entender o que realmente aconteceu e o porquê de todo esse sofrimento, existe a dor e a saudade. “Sei que minha guerreira Luiza Vitória foi um Anjo que Deus enviou na terra e eu tive a sorte de ser escolhida por Ele para cuidar desse Anjo. No momento, sinto a dor da perda, um vazio que fica, mas com o tempo ficará a dor da saudade e todos os dias digo a ela o quanto a amo. Foram somente 11 dias de contato, mas conheci o que é amar de verdade, conheci o que é o amor incondicional”, encerrou Ana Carolina, que além de Luiza Vitória tem um filho de 3 anos.

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