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Percentual de obesos aumenta

04/12/2011 16h18 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Percentual de obesos aumenta

Muito mais do que estar dentro dos padrões de beleza, a luta contra a balança para manter o peso ideal se tornou uma questão de saúde. Dados do Ministério da Saúde do Estado de São Paulo apontam que, na capital, pessoas com sobrepeso, ou seja, Índice de Massa Corporal (resultado da divisão do peso pela altura ao quadrado) acima de 25 kg/m², passou de 44,3% em 2006 para 48,5% em 2010. Já o caso de obesos, assim considerados, segundo a Organização Mundial de Saúde, aqueles que possuem IMC acima de 30 kg/m², aumentou de 11% para 15%.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, não há um estudo específico que mostre que a população são-carlense está engordando. No entanto, médicos especialistas afirmam houve uma epidemia de obesidade ao longo dos últimos anos.

Segundo o médico especialista em endocrinologia, Dr. Eugênio Cardinalli, este surto de obesidade está relacionado com o sedentarismo, a grande disponibilidade atual de alimentos, maus hábitos alimentares e pelo próprio ritmo de vida. “A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade. Devido a isso também houve aumento de diabéticos, pois de 70% a 80% dos obesos também possuem o Diabetes”, afirma.

Além desta enfermidade, a obesidade é fator de risco para uma série de outras doenças ou distúrbios, o que faz com que a expectativa de vida dessas pessoas diminua. “Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, além de dislipidemia, que significa níveis de colesterol e triglicérides no sangue são alguns dos problemas que o acúmulo excessivo de gordura pode trazer”, explica o endocrinologista.

O tratamento da obesidade envolve a reeducação alimentar, prática de atividades físicas e, quando indicado, o uso de medicações auxiliares. No entanto, em alguns casos, quando, por exemplo, o IMC é maior que 40kg/m² há indicação cirúrgica. “A realização de uma cirurgia bariátrica exige a avaliação de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, psicólogos e nutricionistas que, inclusive, devem acompanhar o paciente no pós-operatório. É válido ressaltar que a cirurgia também não faz milagre, o paciente também tem que realizar mudanças no seu estilo de vida, do contrário voltará a engordar”, ressalta o Dr. Eugênio.

Hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) registraram um aumento de quase 800% no número de cirurgias bariátricas realizadas entre 2001 e 2010. Somente no ano passado, no Brasil foram efetuadas 64,4 mil intervenções cirúrgicas, deixando o país atrás apenas dos Estados Unidos, onde 300 mil reduções de estômago são feitas anualmente.

Ainda assim, o médico endocrinologista reitera que este tipo de intervenção é considerada uma medida extrema, usada somente quando outras as alternativas de emagrecimento foram esgotadas e após análise aprofundada do caso do paciente.

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