Prefeitura dá prazo para empresa justificar atraso do 13º salário
As funcionárias da JLS Serviços, empresa que faz a limpeza de departamentos da Prefeitura e escolas municipais voltaram ao Paço Municipal na manhã desta sexta-feira (27) para tentar encontrar soluções para o pagamento do 13º salário, que não foi efetuado às trabalhadoras. A Prefeitura notificou a empresa, que tem três dias para regularizar a situação, caso contrário corre o risco de ser penalizada pelo não cumprimento do contrato.
A empresa contrata, aproximadamente, 120 funcionárias, que recebem uma média salarial de R$ 900 brutos. O diretor de Governo, Haroldo Nogueira, conversou com as funcionárias e explicou que a Prefeitura não deve à empresa. “O pagamento foi efetuado no dia 9 de dezembro. A responsabilidade é da empresa, que teria de pagar os funcionários e não o fez. A Prefeitura entende que esse atraso não pode acontecer, inclusive procuramos o Ministério do Trabalho para obter informações sobre quais procedimentos adotar”, explicou.
De acordo com Haroldo, a Prefeitura aguarda o período de justificativa da empresa. “Caso contrário, vamos tomar as providências para que o contrato seja cumprido. Se não estiver regularizado, há um destrato. No momento, a Prefeitura não tem o que fazer a não ser aguardar os três dias da notificação, mas o prefeito Paulo Altomani nos determinou a acompanhar o desfecho dessa história para não prejudicar as trabalhadoras”.
Se a empresa descumprir o contrato, ela corre o risco de ficar inabilitada e deixa de prestar serviços à administração pública. Isabel Cristina Batista, uma das funcionárias da JLS Serviços, afirmou que pretende esperar a data estipulada pela Prefeitura, mas salientou que não vai desistir de lutar pelos direitos. “O 13º [salário] é um direito nosso. Não tem pior época para atrasarem o pagamento. Estamos em busca de um entendimento. Se não houver, infelizmente, vamos buscar a Justiça”, comentou.
A reportagem do Primeira Página tentou um novo contato com o representante da empresa para saber quais as providências que serão tomadas, mas não obteve retorno, uma vez que o telefone celular do responsável permanece desligado. O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação está fechado em função das festas de final de ano, o que dificultou o contato. No dia 3 de janeiro, às 10h, as funcionárias da empresa voltam a se reunir na Prefeitura para uma solução do caso.
