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Prefeitura não arrisca prazo para reabrir UPAs

25/05/2017 11h33 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Prefeitura não arrisca prazo para reabrir UPAs

O fechamento de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em São Carlos completou quatro meses na última quarta-feira, 24. E as perspectivas são pouco otimistas quanto à reabertura. Com 135 médicos a menos por causa dos profissionais contratados no Regime de Pagamento Autônomo (RPA) que atuavam na Urgência e Emergência, a Prefeitura tenta contratar médicos via concurso público. Até o momento, foram 43 profissionais especialistas em Urgência e Emergência e 28 especialistas para atuarem na Rede Básica, números insuficientes para suprirem a demanda.

Em janeiro, portaria do Ministério da Saúde redefiniu as diretrizes de modelo assistencial e financiamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que poderão funcionar com pelo menos dois médicos (um diurno e um noturno) e não quatro (dois por turno) como eram exigidos antes. A redução do número mínimo de médicos por turno pode atingir todos os tipos de unidades. Quanto à nova portaria do Governo Federal, a Secretaria de Saúde entende que não é possível manter as unidades apenas com um médico por plantão de 12h. “A redução do número de plantonistas implicaria também em maior tempo de espera para a realização dos procedimentos de saúde”, afirmou, em nota.

De acordo com dados da Prefeitura, a Unidade de Pronto Atendimento da Vila Prado (UPA) registrou aumento nos atendimentos em 42%. Passou de 350 diários para 500. Às segundas-feiras, os atendimentos chegam a 600/ dia.

O prefeito Airton Garcia (PSB) estima em 60 dias a contratação de médicos por concurso público. Em entrevista ao programa Fala São Carlos, da Rádio São Carlos AM, ele disse que não vai praticar ilegalidades. “Eu tenho que começar a fazer as coisas certinhas. Teremos médicos contratados por concurso, tudo certinho. Eu não vou polemizar com promotor. Tem alguns demagogos na Câmara que jogam nas costas do prefeito a falta de médicos nas UPAs. O TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] que o promotor [Sérgio Piovesan de Oliveira] fez era para não contratar médicos de forma irregular. Se tiver um TAC para eu contratar, eu contrato hoje. Para fazer a contratação demora, agora se alguém me mostrar que pode contratar na ‘galega’, eu contrato, mas vereador não pode fazer demagogia, dizer que eu não quis assinar o TAC. Esse TAC era para não contratar médicos de forma irregular”.

Santa Casa

A Santa Casa aumentou em 80% o número de atendimentos. Na edição de ontem do Primeira Página, o superintendente do hospital, Daniel Bonini, afirmou que a equipe médica trabalha no limite. Um exemplo da situação crítica na saúde, a paciente Jaqueline Camargo ficou mais de 10 horas à espera de atendimento, como divulgado na mesma edição.

Além da Vila Prado, apenas a unidade do Santa Felícia é considerada UPA. A do Aracy que estava em operação é de estabilização e mantida com recursos da administração.

Os repasses

O governo federal repassa R$ 176 mil reais por mês para custeio da Unidade de Pronto Atendimento da Vila Prado e R$ 100 mil para a Unidade do Santa Felícia, sendo o restante pago com recursos do próprio município. Em média, o custeio de uma UPA vai de R$ 1 milhão a 1,2 milhão por mês. As UPAs fechadas não estão recebendo os repasses do Governo Federal. O prédio novo da UPA, inaugurado no final do ano passado, ainda não foi credenciado junto ao Ministério da Saúde porque ainda falta instalação de elevador, equipamento já licitado pela atual administração.

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