Procon de São Carlos deve decidir se autua Ecopag
O coordenador do Procon de São Carlos, Joner Nery, deve decidir, até o final deste mês, se autua a empresa Ecopag, responsável pelo cartão-refeição do funcionalismo municipal.
A operacionalidade do cartão tem sido objeto de inúmeras críticas dos servidores. Em alguns casos, eles apontam constrangimento, uma vez que diversos estabelecimentos deixaram de aceitar o benefício.
Segundo Nery, a empresa foi notificada para prestar esclarecimentos e respondeu ao Procon na semana passada. A Ecopag garantiu que a Prefeitura tem feito os pagamentos em dia e que está cumprindo os contratos com os comerciantes. Também destacou que o problema é das empresas que recusam o cartão. “Até o final do mês, vamos tomar uma decisão. Se há pertinência para o Procon autuar a empresa”, disse Joner Nery.
Segundo o coordenador do Procon, algumas situações levam o servidor público ao constrangimento. Na semana passada, um restaurante do Centro da cidade expunha um aviso dando conta que o sistema Ecopag estava fora do ar, o que afastava o trabalhador da Prefeitura a consumir no estabelecimento utilizando o cartão.
“Nós constatamos que a informação não era verdadeira. A nossa recomendação é que o servidor, quando se deparar com uma situação dessa, insista para que o comerciante aceite o cartão Ecopag”, disse. “De certa forma, há dois casos de abusividade. O primeiro, do comerciante que expõe o servidor a constrangimento e da Ecopag, que não presta assistência e esclarecimentos ao usuário”, garante o coordenador do Procon.
Em entrevista recente ao Primeira Página, a secretária de Administração e Gestão de Pessoal, Helena Antunes, explicou que os pagamentos da Prefeitura com a Ecopag foram regularizados em fevereiro e março. Ela pediu para que os servidores aguardem a data prometida pela empresa para os acertos – dia 31 de março.
“Cada um tem que cumprir a sua parte no acordo estabelecido em contrato. Prefeitura com a empresa e empresa com os restaurantes. O que está acontecendo é que os restaurantes colocam uma placa que não estão atendendo o cartão e a corda arrebenta para o lado mais fraco, o do servidor”, disse Helena.