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Programas acolhem e acompanham pessoas em situação de rua

09/05/2012 08h15 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Programas acolhem e acompanham pessoas em situação de rua

Em reportagem publicada pelo jornal Primeira Página, João Carlos Santos, Benedito e Paulo Oliveira, três homens em situação de rua, relataram que preferem seguir vivendo nas ruas e, muitas vezes, sentir frio, a serem acolhidos em albergues ou frequentar centros que oferecem assistência social.

No entanto, nem todos que se encontram nesta situação pensam da mesma maneira. Por isso, desde 2008, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) II, vinculado à Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, presta atendimento à população em situação de rua de São Carlos.

De acordo com o chefe da Divisão de Políticas e Atendimento à População em Situação de Rua, Fernando Calzavara, passaram pelo serviço, desde sua inauguração, 440 pessoas. Um total de 74 pessoas frequenta com regularidade o Creas II e o albergue noturno e 48 pessoas não aderem aos serviços, sendo acompanhadas apenas pela abordagem de rua. “É oferecido atendimento especializado à população em situação de rua da cidade, visando a superação do cotidiano vivido nas ruas, através de acolhimento e acompanhamento, realizados por equipe interdisciplinar (assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional e educadores sociais de rua). Caso haja necessidade, fazemos encaminhamentos à rede intersetorial (Caps AD, Caps Saúde Mental, UBSs, UPA, Hospital Escola, Santa Casa, Cras) do município”, explica.

Segundo ele, o centro fica aberto das 7h30 às 17h e atende em média 26 pessoas por dia. No espaço são oferecidas diversas atividades, que levam em consideração as particularidades da população atendida. “Temos o Mova (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos), oficinas socioeducativas e culturais, palestras temáticas, grupos de apoio (AA), inclusão digital. Todos, programas que têm o intuito de que os frequentadores do serviço restabeleçam seus vínculos familiares e comunitários, superando efetivamente a condição de vulnerabilidade social”, ressalta.

Muitos moradores de rua encontram na bebida e nas drogas uma maneira de aliviar o sofrimento e, devido à mudança comportamental ocasionada por tais substâncias, muitas vezes conflitam e discordam com outros que dividem o mesmo espaço. No entanto, ao realizarem as atividades oferecidas pelo Creas e, portanto, terem que seguir algumas regras e respeitar o próximo, as pessoas em situação de rua aprendem a conviver harmoniosamente em sociedade.

Calzavara salienta que as pessoas que são ativas nas atividades do Creas II também desfrutam da possibilidade de dormir no Albergue Noturno, sem ter a preocupação com o prazo de saída. “No albergue oferecemos banho, jantar, pouso e café da manhã. Com o frio, o fluxo de pessoas é maior, mas nos esforçamos para atender a todos que precisam de assistência”, finaliza.

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