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SAAE vai revisar as contas com excesso de consumo referente a junho

05/07/2020 07h54 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
SAAE vai revisar as contas com excesso de consumo referente a junho

Depois de vários consumidores reclamarem nas redes sociais sobre o aumento dos valores nas contas de água do mês passado, a autarquia resolve refazer os cálculos

Os consumidores de vários bairros da cidade, como por exemplo, Novo Mundo, Jardim Beatriz e Jardim Hikare, reclamaram nas redes sociais que as contas de água com vencimentos em julho estão com valores acima do esperado, chegam a 2.419% de aumento, de R$ 16,61 saltou para R$ 401 reais, valor referente a junho, por exemplo, a conta de um morador.

De acordo com a diretoria e a equipe técnica do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) São Carlos o aumento de valor nas contas se deve a dois fatores:

1- teve um aumento real do consumo e, com esse aumento, muitos consumidores mudaram de faixa tarifária, onde quanto mais se consome mais caro fica o metro cúbico de água;

2- Desde abril, em virtude da redução do número de leituristas devido ao afastamento dos servidores enquadrados em grupos de risco, o SAAE alterou o método de cobrança do consumo das contas mensais, aplicando os valores médios de consumo dos últimos 6 meses registrados nos históricos de leituras, em consonância com a Resolução ARES-PCJ nº 345, de 23 de março de 2020. Já em junho em alguns setores da cidade a leitura presencial já começou ser realizada novamente.

A autarquia garante que nesse período de quarentena o consumo de água nas residências tem aumentado significativamente devido as escolas, universidades e creches estarem com atividades paradas, bem como o fechamento temporário do comércio em geral, de clubes e academia, com isso mais pessoas ficaram em casa redobrando os cuidados com higiene, o que contribuiu para o aumento de consumo.

As contas objeto de questionamento referem-se ao consumo real do imóvel, resultado da diferença apurada entre o consumo do período de aplicação das médias (abril e maio), em função daquele efetivamente consumido e registrado pela leitura real (junho). “Em virtude das reclamações vamos adotar um novo critério para resolver essa questão para não prejudicar nem o usuário e nem o SAAE porque o consumo foi real. Quem teve esse acúmulo com a leitura vamos fazer uma nova cobrança sobre a média e os valores excedentes serão cobrados em 12 meses, porém escalonada a partir da faixa zero de cobrança do metro cúbico, o que vai diminuir o valor da conta de junho. Antes nós somamos os três consumos (dois meses pela média e um pela leitura real) e dividimos por 3, automaticamente a faixa do metro cúbico foi maior em virtude da tabela de valores”, explica Lucimara Zambon, gerente de Controle de Micromedição do SAAE.

Novo cálculo

Como exemplo, para melhor esclarecimento, o SAAE demonstrou uma situação onde o usuário que recebeu a fatura de abril de 2020 com um consumo de 10 m³, mas na verdade consumiu 15 m³, e o mesmo fato ocorreu no mês de maio de 2020. Em junho, quando houve a leitura, o consumo veio acumulado, além da cobrança do consumo do próprio mês de junho, foram lançados na conta os 10 m³ não cobrados nas duas faturas anteriores (5 m³ de cada mês). E deve-se considerar que devido a esse acúmulo, as contas têm vindo com os valores acima do habitual, pois atingiram uma faixa de cobrança maior, veja na tabela os valores.

O presidente do SAAE, Benedito Marchezin, alerta, que o serviço de leitura foi retomado em toda a cidade desde o dia primeiro de julho, e que em virtude da leitura real, poderá haver os devidos ajustes para quem consumiu abaixo ou acima da média, nas faturas posteriores sem prejuízos para os usuários. “Desde o início da pandemia, do isolamento social, registramos um aumento significativo no consumo, mais de 10% na demanda e os usuários não ficaram atentos que a mudança na faixa de consumo altera os valores da conta. Agora a solução encontrada foi fazer um escalonamento da diferença apurada, o que vai proporcionar uma diminuição de até 40% em cada conta”, afirma Marchezin.

PROCON

 “A proposta elaborada pelo SAAE satisfaz os questionamentos feitos pelo PROCON que participa como defesa desse consumidor que recebeu a conta e não entendeu os valores diferenciados. A reunião foi muito esclarecedora e a solução apresentada contempla o consumidor, porém mesmo assim quem ainda se sentir prejudicado deve procurar a autarquia e se não resolver, acionar o PROCON que fará a intermediação”, afirma Juliana Cortes, diretora do PROCON São Carlos.

A equipe da autarquia lembrou que o consumo apresentado em determinados imóveis, podem ser resultados de vazamentos que não foram percebidos durante o período em que se aplicou a média de consumo, cujas contas, após conserto dos respectivos vazamentos poderão ser objetos de revisão. Cada caso é individual e será analisado separadamente.

Como reclamar o consumo acima da média O SAAE orienta aos usuários, cujo consumo real registrado excedeu a média de consumo habitual, a entrarem em contato com a autarquia para análise da conta e demais orientações através dos seguintes canais de atendimento: pelos e-mails [email protected] [email protected] ou pelos telefones (16) 3371-9000 ou 0800-111-064. A ligação é gratuita.

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