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“Se houve falha, vamos exonerar os responsáveis”, diz Altomani sobre possível negligência na UPA

24/12/2016 13h09 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
“Se houve falha, vamos exonerar os responsáveis”, diz Altomani sobre possível negligência na UPA

O prefeito Paulo Altomani (PSDB) se manifestou, na sexta-feira, 23, pela manhã, durante a inauguração do prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cidade Aracy, sobre o caso da jovem Jaqueline de Queiroz Mattos, que passou diversas vezes por atendimento médico nas unidades municipais de saúde sem ter um diagnóstico do problema. A morte aconteceu na Santa Casa, na última quarta-feira, 21, após procedimento cirúrgico. O sepultamento se deu no dia seguinte. 

“É um sentimento humano de muita tristeza que sinto. Não foi o primeiro caso que acontece em São Carlos por negligência de atendimento médico. Determinei a Luciana Caldeira [secretária de Saúde] que instaure uma sindicância. Se houve falha humana, vamos demitir os profissionais a bem do serviço público”, revelou o prefeito.

A família suspeitava de uma dengue não diagnosticada. A Santa Casa, por sua vez, está impedida de passar o diagnóstico médico sem a autorização da família, porém o prefeito de São Carlos trouxe à luz qual seria a falha médica. Os profissionais que prestaram atendimento a Jaqueline nas UPAs não detectaram uma apendicite.

Caso não seja diagnosticada, o apêndice inflamado chega a se romper e necrosar, espalhando as bactérias por toda a camada de revestimento dos órgãos do abdômen. Se ainda assim o órgão não for retirado, as bactérias podem atingir a corrente sanguínea e provocar uma infecção generalizada, que é um quadro grave e provoca a morte.

“Qual exame de toque abdominal detectaria o problema. Se passou por cinco ou seis vezes por atendimento médico, houve uma falha muito grande da parte da saúde”, acredita Altomani.

ATESTADOS – Paulo Altomani contou uma outra situação que considera inadmissível. Dez médicos que atuam nas unidades municipais de saúde entregaram atestados de 10 dias. Os afastamentos são, justamente, para as festas de final de ano. “Não dá para admitir uma situação dessa. É amigo dando atestado para amigo. Encaminhei o caso ao Ministério Público (MP) para providências. A população que depende dos equipamentos públicos de saúde não podem ser penalizados”, esclareceu.

Nas redes sociais, a mãe de Jaqueline, Sílvia Mattos, manifestou-se sobre a perda. “Sou grata a Deus por você ter passado esses 17 anos comigo. Não ter você aqui mais não é uma derrota e sim uma vitória porque este mundo não te fará mal algum. Você já está com Deus. Te encontro na eternidade, minha filha amada”.

Jaqueline de Queiroz Mattos Zanquim, de 17 anos, morreu na última quarta-feira, 21, na Santa Casa de São Carlos. Antes de passar por cirurgia no hospital, a vítima passou por atendimento médico em seis ocasiões, de acordo com a família, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Vila Prado e Santa Felícia. 

 

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