Edvaldo Santana lança novo trabalho no Sesc
Jataí é o nome do novo trabalho do cantor e compositor paulistano Edvaldo Santana. Ele, que possui 35 anos de carreira independente, se apresenta na próxima sexta-feira, 21, às 20h, no projeto Todos os Tons do Sesc São Carlos. O CD Jataí é o primeiro álbum que o músico assina todas as faixas sozinho.
“Jataí é o sétimo CD da minha carreira solo, tem muito das misturas que venho desenvolvendo há alguns anos. Acredito que conseguimos fazer arranjos mais simples de um forma semiacústica, valorizando a naturalidade do instrumentos, abrindo espaço para a minha voz rouca cantar os textos que escrevi com mais tranquilidade”, fala Edvaldo.
Essa não é a primeira vez que o músico se apresenta na cidade. “Já estive em São Carlos em outros momentos, mas cada show é uma nova celebração, ainda mais sendo no dia que estão dizendo que o mundo vai acabar. Então vamos aproveitar que a música e a poesia são alimentos saborosos e muito nutritivos”, comenta Santana.
Ele, que é autodidata, conta que aprendeu a tocar e cantar vendo seu pai e os amigos tocarem em sua casa. “Sou da periferia de São Paulo – São Miguel Paulista – e lá há uma mistura de costumes e culturas. Tive a oportunidade de viver um momento no Brasil onde os meios de comunicação difundiam a diversidade da música brasileira e outros ritmos que vinham de fora. Ouvi muito Jorge Benjor, Roberto Carlos, Chico Buarque, Antonio Marcos, Elis Regina, Maria Bethania, Gilberto Gil, Raul Seixas, Sergio Sampaio e as novidades que apareciam nos festivais de música no Brasil e no mundo, ouvi bastante Jimi Hendrix, Santana, Joe Cocker, Bob Dilan, Bob Marley entre outros. Já profissionalmente, quando atuava na banda Matéria Prima, tive um aprendizado significante na minha trajetória quando trabalhei com Tom Zé”, lembra o compositor.
Em relação às características de seu trabalho, Edvaldo afirma que como paulistano, absorveu muito das influências em fragmentos. “Minha obra é o resultado de experiências que fui realizando ao longo da carreira. Desde muito cedo aprendi que a arte exige dedicação e fui misturando as ideias nas composições que criava. Com a minha voz rouca, fui aproximando o chote do reggae, o blues do baião, o samba da rumba o bolero da bossa nova e, aprimorando estas alquimias, potencializei o que me parecia mais original. Fiz do meu trabalho um caldeirão sonoro, em que há novas possibilidades de criação, além de influências da Literatura de Cordel, trazida oralmente pelo meus pais nordestinos e pela poesia de Baudelaire, Paulo Leminski e Arnaldo Antunes”, diz e acrescenta: “Uma das minhas mais intensas inspirações vem da música negra espalhada pelo mundo, samba, choro, blues, jazz, rumba, xote, baião reggae. Gosto de tocar de tudo que toque meu coração e aguce meus sentimentos”, completa.
Jataí está disponível para download no site www.edvaldosantana.com.br.
