1 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Cultura

Jornal Primeira Página > Notícias > Cultura > Humilde, Del Bosque mantém os pés da Espanha no chão

Humilde, Del Bosque mantém os pés da Espanha no chão

16/05/2014 18h21 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Humilde, Del Bosque mantém os pés da Espanha no chão

A Espanha começa a campanha para conquistar o bicampeonato mundial com uma equipe altamente talentosa e o homem certo para mantê-la com os pés no chão em sua busca pelo quarto grande título seguido, o técnico Vicente Del Bosque.

 

Existem poucas coisas capazes de irritar o treinador de 63 anos, que assumiu a La Roja depois que a equipe conquistou a Eurocopa de 2008 e levou o time à conquista da Copa do Mundo da África do Sul em 2010 e conquistou o título europeu em 2012.

Não foi uma tarefa fácil lidar com as expectativas geradas pela conquista da Euro 2008, quando o time comandado pelo falecido técnico Luís Aragonés conquistou o primeiro grande título para a Espanha desde o Campeonato Europeu de 1964.

Aragonés, que morreu em fevereiro e é considerado o pai do time moderno da Espanha, se livrou da hierarquia e dos egos inflados na equipe, ao mesmo tempo que introduziu a marca de um futebol de passes rápidos que trouxe sucesso ao Barcelona.

Del Bosque tem credenciais importantes para o cargo e obteve sucesso ao mesmo tempo que garantiu que os jogadores são os protagonistas. Ele comanda baseado em suas convicções e não se abala com as opiniões de torcedores ou da imprensa.

Ele nunca tentou minimizar seus vínculos com o Real Madrid, onde passou 11 anos como um volante técnico com boa leitura de jogo, um jogador comparável a Sergio Busquets, do Barcelona.

Planejando para o futuro, Del Bosque conseguiu o certificado de treinador aos 27 anos e, depois de pendurar as chuteiras, trabalhou nas categorias de base do Real. Ele foi ténico interino do time principal por duas vezes antes de assumir efetuivamente o posto em 1999.

Del Bosque teve a habilidade necessária para unir o grupo, que se provaria de valor inestimável para a Espanha, quando comandou os “Galácticos” do Real Madrid para o título da Liga dos Campeões em 2002, antes de ser dispensado pelo presidente do clube, Florentino Pérez, no ano seguinte, por não ter o glamour que o dirigente considerava necessário.

É uma ferida que ainda precisa ser curada.

 

DERROTA DOLOROSA

Como técnico da Espanha, Del Bosque mostrou sua capacidade de amenizar tensões, notadamente na Euro de 2012 quando ele teve de lidar com as richas entre jogadores do Barcelona e do Real Madrid.

“Não sou o tipo de treinador que gosta de gritar e espernear e forçar as minhas ideias”, disse Del Bosque. “Prefiro convencer os jogadores. Só me preocupo com meu trabalho e em me dar bem com as pessoas.”

Na Euro 2012 ele mostrou sua determinação de manter suas armas táticas à mão. Ele se recusou a jogar com um atacante clássico em várias partidas, apesar das críticas, e preferiu jogadores de ligação com características de finalização, como Cesc Fábregas.

A pressão por conta de suas escolhas táticas estará novamente sobre Del Bosque na Copa do Mundo e o time espanhol precisa esquecer a dolorosa derrota por 3 x 0 para o Brasil na final da Copa das Confederações no ano passado, o que gerou críticas de que a melhor fase dos atuais campeões mundiais já ficou para trás.

Del Bosque convocou o atacante nascido no Brasil Diego Costa e deu apoio ao goleiro e capitão Iker Casillas depois que ele perdeu sua titularidade no Real Madrid.

O que quer que aconteça na Copa do Mundo, Del Bosque deve tratar o resultado final filosoficamente.

 

“Me sinto com muita sorte, porque sou apenas um treinador”, disse ele ao jornal espanhol El País recentemente. “Na minha profissão eu fui capaz de atingir o impensável e me orgulho disso, já que minha paixão é o futebol, eu venci uma Copa do Mundo e um Campeonato Europeu.”

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x