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O Homem, a Besta e a Virtude se apresenta em São Carlos

23/10/2012 11h16 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
O Homem, a Besta e a Virtude se apresenta em São Carlos

Escrita pelo dramaturgo italiano Luigi Pirandello e com tradução de Marcus Caruso a comédia “O Homem, a Besta e a Virtude” chega a São Carlos no Teatro Municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão neste sábado, 27, a partir das 20h. Única apresentação.

Montada pela primeira no Brasil em 1962, a comédia de Pirandello, “O Homem, a Besta e a Virtude”, tem concepção de Débora Duboc, que interpreta a mesma personagem encenada por Fernanda Montenegro na época. “Pirandello não tem pudor. “Em O Homem, a Besta e a Virtude” entramos num mundo completamente erudito e ao mesmo tempo popular”, diz a atriz Débora Duboc.

A atriz Fernanda Montenegro interpretou Virtude, em 1962, na montagem encenada pelo Teatro dos Sete, que além de Fernanda, era composta por Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Sérgio Britto e Fernando Torres. Na atual montagem, Débora faz a mesma personagem de Fernanda, porém a concepção atual é bem diferente. “Os quatro atores representam diversos papéis e criam um divertido jogo cênico para o público. O mesmo intérprete da personagem que elabora o plano faz depois a personagem que sofre o plano”, detalha a atriz.

Marcos Caruso, tradutor da peça, diz. “A hipocrisia e a educação são questões que pontuam o desenrolar da história. Esse texto prima pela comunicação ao trazer em sua estrutura uma forte presença e releitura da comédia Dell’ Arte. É popular e ao discutir o tema da hipocrisia, contemporâneo”.

O espetáculo conta a história da Senhora Perella, mulher de um capitão de navio, que está sempre viajando. Há muito o casal não tem relações ‘maritais’. Perella tem um caso com o professor do filho. Na véspera de uma esporádica visita do Capitão, ela conta ao Professor que está grávida. A partir daí, os dois amantes se desdobram em um plano maluco para fazer com que o Capitão tenha relação com a esposa e pense que o filho que ela espera é dele, pois em sua próxima visita a mulher já estará com a barriga muito grande. A tentativa de esconder o adultério e a gravidez gera uma espiral de cenas hilariantes, nas quais a hipocrisia da moral burguesa é desmascarada.

São onze personagens em cena, três femininos interpretados por Débora Duboc e os masculinos divididos entre os atores. “No cenário, Chico Spinosa trouxe em sua direção de arte a própria questão da relatividade da verdade, com muita beleza e exuberância carnavalesca”, diz Débora.

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