Democracia não é vandalismo
Há quem afirme ter sido “democrática” a manifestação de ontem em Brasília. É uma visão estranha de democracia; visão que está atrelada a uma perspectiva também estranha da reação das forças policiais, que tentaram neutralizar, não a manifestação, mas a destruição dos prédios públicos por pedras, pau e fogo ateado pela força “democrática” dos manifestantes. Ministérios foram depredados. Prédios foram esvaziados.
Esses “democratas” não vão reconhecer publicamente, mas é o caos o seu objetivo e, para tanto, usarão todo e qualquer discurso de auto justificação, todo e qualquer pretexto. Enfim, um discurso ideológico que, por definição, tem pouco a ver com a realidade dos fatos.
Esperar bom senso e respeito ao diálogo dessas pessoas é inútil; tão inútil quanto ingênuo acreditar que a preocupação deles seja, de fato, o sofrimento do povo brasileiro. Se fosse esse de fato o objetivo, por que seus líderes máximos, quando estavam no poder, se esforçaram mais em enriquecer a si mesmos e o partido do que resolver os problemas reais do povo. Para eles, o povo é e sempre foi um mero pretexto; pretexto que, analisadas as suas ações concretas, se mostra como tal.