Bolsas da Europa fecham em alta com EUA-China e primeira aprovação do Brexit
As bolsas europeias fecharam em alta na última sexta-feira, 20. Os
mercados se mostram otimistas com o acordo comercial entre Estados Unidos e
China, anunciado na semana passada. O bom humor foi reforçado no final da manhã
de hoje, pelo horário de Brasília, após o presidente americano, Donald Trump,
citar em seu Twitter que teve um telefonema “muito bom” com o
presidente chinês, Xi Jinping, sobre o “acordo comercial gigante”.
Também no radar dos investidores esteve o acordo para o Brexit, aprovado hoje
pela Câmara dos Comuns do Reino Unido.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,80%, em 418,40 pontos. Na
comparação semanal houve avanço de 1,55%.
Investidores renovaram as boas expectativas em torno da assinatura da primeira
fase do acordo comercial entre EUA e China em janeiro, com afirmações do
presidente Trump. Em sua conta no Twitter, Trump informou que teve “um
telefonema muito bom” com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o
“acordo comercial gigante” que está sendo fechado. Segundo ele, o
país asiático já começou a fazer “compras em grande escala de produtos
agrícolas e outras”.
Trump afirmou que a assinatura formal do acordo está “sendo
arranjada”. Anteriormente, autoridades americanas haviam dito que o
documento passava por revisões técnicas e outros passos, para então ser
formalizado em janeiro.
No Velho Continente, a Câmara dos Comuns do Reino Unido votou a favor do acordo
do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para o Brexit, um passo
significativo para a saída do país da União Europeia em 31 de janeiro. A
votação ainda não é o endosso final necessário para a aprovação do acordo, mas
simboliza o fim de anos de disputas políticas sobre o Brexit. A lei ainda deve
passar por outra votação na Câmara dos Comuns e obter aprovação na Câmara dos Lordes.
Além disso, foi bem recebida pelo mercado a confirmação de que o presidente da
Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) britânica, Andrew
Bailey, será o substituto de Mark Carney à frente do Banco da Inglaterra (BoE,
na sigla em inglês)
Relatório do Morgan Stanley vê a nomeação de Bailey como uma “continuidade
institucional e política” no BoE. “Vemos uma recuperação até 2020 com
o alívio fiscal e a incerteza reduzida com o Brexit. As negociações comerciais
com a União Europeia são o principal risco para as perspectivas”, avalia a
instituição.
Em Londres, o índice FTSE 100, que estava no território negativo virou no fim
do pregão, fechou em alta de 0,11%, em 7.582,48 pontos. Na comparação semanal
houve avanço de 3,11%.
Os investidores também acompanharam hoje indicadores no Reino Unido e Alemanha.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido apresentou alta de 0,4% no
terceiro trimestre do ano em relação aos três meses anteriores. O dado
surpreendeu o mercado, que apontava para uma elevação mais contida no período,
de 0,3%. Já o índice de confiança GFK do consumidor da Alemanha caiu de 9,7 em
dezembro para 9,6 na pesquisa de janeiro. O resultado frustrou a expectativa de
analistas, que contavam com alta para 9,8.
Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,81, aos 13.318,90
pontos. Na comparação semanal houve alta de 0,27%.
Em Paris, o índice CAC 40 fechou em alta de 0,82%, a 6.021,53 pontos. Alta de
1,73% na comparação com a semana anterior.
Em Milão, o índice FTSE MIB avançou 1,24%, a 24.003,64 pontos, terminando na
máxima do dia. Na comparação semanal o índice também subiu 2,89%.
Em Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 fechou com elevação de 0,65%, a 9.675,50
pontos, também na máxima do dia. Houve avanço semanal de 1,17%.
Em Lisboa, o índice PSI-20 encerrou o dia em alta de 0,41%, com 5.240,09
pontos, com elevação de 0,71% na comparação semanal.