Consumo de carne quadruplica em dezembro
Dados do Fórum Nacional de Pecuária de Corte, publicados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) mostram um aumento de 18,3% no consumo de carne no Brasil, se comparados os anos de 1994, quando o consumo era de 31,6 kg/ano, e 2009, quando o consumo passou a 37,5 kg ao ano por pessoa. A produção de carne também aumentou, passando de 5.028,4 mil toneladas em 1994 para 9.180 mil toneladas em 2009 (aumento de cerca de 83%).
“O diferencial provocou este aumento de produção”, explica Alexandre Pedroso, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, “foi o uso de novas tecnologias de manejo de produção e sanitário. Houve um aumento da produção de carne por hectare, e o uma diminuição da área utilizada. A perspectiva para o futuro é que, com a pressão da agricultura, que sem dúvida é muito mais profissionalizada que a pecuária, haja intensificação da produção. Vai sobreviver quem intensificar, ou seja, quem for mais eficiente com os recursos que possui”, diz o pesquisador.
Churrascarias de São Carlos sentem esse aumento, que se torna ainda maior às vésperas do fim do ano. Em 2011, a churrascaria Chimarrão sentiu crescimento de 20%, e espera crescimento igual este ano: “Há um grande consumo.Tendo em vista que está se aproximando o final do ano, o consumo aumenta ainda mais em razão de as empresas estarem fazendo confraternizações. Chega a ter um aumento de uns 30%”, explica Marcelo José Grella, proprietário do estabelecimento, que consome entre 1400 e 1600 kg de carne por semana: “Compramos de 14 frigoríficos diferentes. Compro desde de pessoal do Rio Grande do Sul, até Mato Grosso, Goiás. Compramos também picanha da Argentina ou do Paraguai”, explica Grella.
“Por mês consumimos cerca de 2 mil, 3 mil quilos de carne”, explica Marcelo Binsfeld, da churrascaria Tabajara, que completa: “Agora em dezembro, na época das festas, essa quantidade chega até 8 mil kg. Nesta época o pessoal encomenda muita carne também. Às vezes a pessoa está em uma chácara, por exemplo, e encomenda uma picanha, uma fraudinha, um cupim. Isso é muito comum. Assamos muita costela nesse período”, explica.
