IGP-M desacelera a 0,30% em novembro, após 0,68% em outubro, revela FGV
O Índice Geral
de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,30% em novembro, informou nesta
quinta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa representa
desaceleração frente a outubro, quando o indicador oscilou 0,68%. Com o
resultado, o IPG-M acumula variação de 5,11% em 2019 e de 3,97% nos 12 meses
encerrados em novembro.
O resultado da margem foi superior à mediana das
expectativas apurada pelo levantamento Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,13% para o IGP-M de
novembro, mas ficou dentro do intervalo de 0,11% a 0,32%. A taxa acumulada em
12 meses também ficou levemente superior à mediana das projeções (3,79%), mas
compatível com o intervalo de 3,54% a 4,01%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu
0,36% no mês, apresentando desaceleração na comparação com a alta de 1,02% de
outubro. No ano, o IPA tem elevação de 6,07% e, nos 12 meses até novembro, de
4,30%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou na margem, com
crescimento de 0,20% após uma retração de 0,05% na divulgação anterior. A taxa
acumulada do indicador em 2019 é de 2,93% e, em 12 meses, de 2,97%.
O Índice Nacional de Custos da Construção
(INCC), divulgado pela FGV na terça-feira (26), avançou 0,15% em novembro ante 0,12%
em outubro. Em 2019, acumula alta de 3,99% e, em 12 meses, de 4,12%
IPAs – Dentro do IGP-M, o IPA Industrial registrou deflação de 0,45% no mês
após elevação de 0,98% em outubro, enquanto o IPA Agropecuário teve aceleração
na inflação, de 1,13% em outubro para 2,84% este mês.
Por estágios de produção, apenas os Bens Finais
mostraram aumento na inflação, saindo de 0,17% na divulgação anterior para
0,77% em novembro. O comportamento foi influenciado pelo desempenho de
alimentos processados, cuja taxa passou de 0,50% para 2,66% no mesmo período.
Os Bens Intermediários, por outro lado, tiveram
arrefecimento de 1,24% em outubro para 0,49% em novembro, puxados pelo
comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa caiu
de 7,19% para 0,68%.
Já o grupo Matérias-Primas Brutas teve deflação
de 0,23% em novembro, após alta de 1,72% em outubro. O recuo da taxa foi puxado
pela desaceleração do minério de ferro (1,58% para -11,21%), arroz em casca
(3,43% para 1,85%) e cacau (8,56% para 0,56%). Por outro lado, o grupo também
sofreu influências positivas de bovinos (2,13% para 8,02%), mandioca (3,41%
para 9,55%) e cana de açúcar (-0,15% para 1,22%).
Influências Individuais – As maiores influências positivas sobre o IPA de
novembro, além do grupo de bovinos, vieram de carne bovina (1,57% para 8,60%),
milho em grão (8,08% para 8,23%), óleos combustíveis (12,10% para 10,13%) e
soja em grão (1,45% para 1,84%).
Por outro lado, além do minério de ferro,
pressionaram o indicador para baixo os grupos itens óleo diesel (7,04% para
-3,15%), batata inglesa (-13,24% para -17,85%), banana (-5,17% para -13,04%) e
adubos ou fertilizantes (-0,78% para -2,27%).