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Mais empresas podem demitir no primeiro trimestre

09/01/2015 23h53 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Mais empresas podem demitir no primeiro trimestre

A crise na indústria brasileira é preocupante e o cenário para 2015 é sombrio, é isso que retrata as palavras do diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) regional São Carlos, Ubiracy Corrêa. A previsão mais otimista é a de que a atual política do Governo Federal, segundo o industrial, é destruir toda a base do setor fabril, já que o governo não apresenta propostas sólidas. Enquanto isso indústrias da cidade tentam ocultar aquilo que se sabe e é debatido nas sigilosas reuniões de diretoria: as demissões. O Primeira Página publicou esta semana que a Tecumseh do Brasil poderá demitir cerca de 300 funcionários e que um estudo estaria sendo feito para uma operação de ajuste do quadro de trabalhadores. Não erramos na informação. Sim, demissões irão acontecer, todos sabem disso, somente os que gostam de “ocultar o sol com a peneira” não compreendem a grave crise do setor industrial, impulsionado pelo setor automobilístico, que por sua vez teve um ano péssimo. E com o aumento do IPI deverá sofrer ainda mais os efeitos da crise, principalmente neste 1º trimestre.

O que é estranho é que Antonio Sasso, um dos diretores da Tecumseh do Brasil, veio a público  dizer que ficou surpreso com a informação. De duas uma, ou ele ficou surpreso, sim, com o vazamento da notícia; ou tentou fazer como o Leão da Montanha, usando da estratégia “saída para direita” e desmentir a notícia. Sasso é um dos poucos que “sabe tudo o que acontece dentro da empresa, inclusive sabe muito bem que a Tecumseh vai precisar se readequar, porque vive uma crise, inclusive perdendo clientes para a China”.

A Tecumseh do Brasil perdeu, sim, muitos clientes para a China, que hoje produz um produto com maior competitividade e qualidade dos que os compressores produzidos na empresa em São Carlos. Sabe-se inclusive que a empresa teve devolvidos compressores entregues por um dos seus principais clientes e com a exigência que a Tecumseh do Brasil conseguisse devolver um produto com qualidade e tecnologia igual a dos chineses. Bem, informações apontam que a empresa está patinando na tentativa de “copiar” o produto chinês. A bem da verdade, a Tecumseh ficou parada no tempo, não evoluiu os seus produtos, não se preparou para a nova era da competitividade e hoje sofre as “consequências como um cão”, como diz a música Faroeste Cabloco da Legião Urbana.

O pior é que parte da imprensa acompanha os desmentidos da Tecumseh, dizendo que o jornal errou. O Primeira Página não errou, o que pode acontecer é um recuo da empresa, para não ficar mal na sociedade, mas que as demissões, os tais “ajustes que Sasso disse” irão acontecer mais cedo ou mais tarde. Na verdade há jornais, sites e rádios que “utilizam as matérias do Primeira Página e depois tentam vender que erramos”. Talvez Sasso e parte da imprensa precisam entender que quando há uma informação relevante e de interesse público é fundamental que ela seja publicada. A proposta, mesmo que ainda estejam em estudo, de demissões em uma das maiores indústrias da cidade, é sim de interesse público. E ainda é bom ressaltar: quando Sasso disse nas entrevistas que ajustes são necessários e que podem ocorrer, admitiu que haverá demissões.

 

ENGEMASA – Então vamos a mais uma informação exclusiva. E será que neste caso a mídia também tentará desmentir o Primeira Página? A Engemasa, que tem como seu principal cliente a Petrobrás, que está sendo destruída pelos escândalos de corrupção, deve demitir cerca de 150 funcionários. 

A empresa também precisa se adequar às novas realidade, afinal de contas o Governo Federal, que não apresenta nenhuma proposta para “salvar” a indústria nacional, destrói a Petrobras com a utilização política da principal empresa estatal brasileira, além da corrupção existente em todos os setores da empresa. É obvio que as empresas sérias que fornecem material para a estatal do petróleo seriam atingidas. E neste caso atingidas em duas frentes: a crise economia e a crise de corrupção.

É triste noticiar que mais uma empresa da cidade pode demitir e isso graças a ação desastrosa do governo federal e a ação criminosa de políticos do colarinho branco que buscam colocar suas garras predadoras no dinheiro público da Petrobras. 

Recentemente o Primeira Página noticiou o fechamento da Incaflex, pequenas indústrias da cidade também passam por dificuldades e sacrificar empregos talvez seja a única forma de sobrevivência de algumas indústrias. Será que irão desmentir também esta informação?

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