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Joana Motta: uma vida entre o direito e o atletismo

Joana começou a correr para aliviar a dor da perda e tornou-se corredora de sucesso ao mesmo tempo em que se destacava como advogada

07/03/2024 23h58 - Atualizado há 2 meses Publicado por: Redação
Joana Motta: uma vida entre o direito e o atletismo Divulgação

Aos 33 anos, a descalvadense Joana Motta é atleta de destaque como fundista, meio fundista, velocista e maratonista. Iniciou a prática do atletismo em 2016, obtendo excelentes resultados e atualmente é maratonista recordista municipal, atuando como Digital Influencer Esportiva, criadora da Página “No Pace de Joana Motta” no Facebook, onde, sem fins lucrativos, por meio de dicas e compartilhamento de experiências, auxilia e influencia pessoas às práticas esportivas para uma sociedade isenta de sedentarismo.

Joana afirma que iniciou a prática do atletismo para aliviar a dor emocional, causada pelo falecimento do seu pai, João Antonio Motta, em 2015. “Entrei em quadro depressivo, não conseguia trabalhar e ainda tinha que cuidar da minha mãe que ficou muito doente na época. Então comecei a levá-la para caminhar. Foi quando conheci a corrida e desde o primeiro momento que corri percebi que minha dor emocional amenizava conforme a dor física aumentava”, comenta ela.

A atleta conta detalhes de como exercia a atividade física e como isso mexia com ela. “Além disso utilizava o tempo em que estava correndo para me comunicar com meu pai, sendo assim, toda vez que eu corro sinto ele comigo. A presença dele me fortalece. Então, o atletismo me curou. Por isso, enquanto meu coração bater e Deus me der saúde, estarei em constante movimento, sempre correndo”, reflete ela.

Joana fala de sua evolução nos esportes. “Comecei correndo 5 quilômetros, aumentando para 10, depois fiz Meia Maratonas e até mesmo uma Maratona Oficial. Já corri todos os tipos de provas: Pista, Rua, Trail Run, Cross Country e Mista. Já venci várias competições, inclusive a última foi uma Trail Run na zona rural de Descalvado, em um percurso de seis quilômetros”.

Ela conta que seu pai foi sua grande inspiração. “Meu pai era sargento do Exército, e em todas as competições que participava ele vencia ou ficava entre os melhores, nunca aceitava perder e sempre me ensinou a dar o melhor de mim em todos os âmbitos, seja na vida profissional, como na esportiva”.

Além de atleta, Joana Motta é advogada há mais de 13 anos nas áreas civil, criminal e trânsito, corretora de imóveis e também perita e avaliadora judicial, revelando-se uma mulher de múltiplas funções. Para dar conta de tudo acorda às 5h e às 5h30 já está treinando. O dia de Joana termina inexoravelmente às 21h para que ela tenha 8h de sono garantido.

Quanto ao machismo nos esportes, ela afirma que ele pode ser superado.  “Nos dias atuais a mulher se tornou independente e é capaz de gerir sua vida, bem como liderar sem precisar da figura masculina para isso, pois estão mais seguras e confiantes. Portanto, vejo uma melhoria e evolução quanto à isso, a mulher está ganhando espaço nos esportes e logo se tornarão totalmente independentes”, ressalta ela.

Ela comemora as conquistas femininas. “Vejo que a participação das mulheres na sociedade brasileira evoluiu imensamente, pois com o decorrer dos anos a mulher começou a reivindicar seus direitos, demonstrar mais atitude, obter autonomia e passaram a lutar pela igualdade social, o que tornou tão forte e hoje a valorização da mulher encontra-se ampla”.

Joana Motta acredita que é possível eliminar a cultura machista. “Infelizmente o machismo ainda existe, mesmo que em um grau menor, porém, acredito que está prestes à ser extinto, pois os homens se conscientizaram do valor das mulheres, tanto que até muitos deles querem ser mulher, e isso está nitidamente retratado nos esportes, uma questão de bastante repercussão devido à polêmica que está ocasionando mundialmente”, conta ela.

Ela ainda revelou um fato bastante peculiar. “Eu particularmente já tive uma experiência desagradável nesse aspecto, quando um homem, competiu na categoria feminina, o que é totalmente inaceitável haja vista a vantagem corporal e hormonal dos homens sobre as mulheres”.

De acordo com a advogada e atleta, s mulheres sempre precisaram lutar para conseguir igualar seus direitos aos homens, por isso são admiráveis e dignas de aplausos. “Tenho muito orgulho de ser uma mulher, que vivenciei muitas lutas e conquistei meu lugar com muita dignidade na sociedade. Parabenizo à todas as mulheres nessa data tão merecida e especial”, conclui Joana.

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