9 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Marlene Macedo

Jornal Primeira Página > Notícias > Marlene Macedo > A nossa crise

A nossa crise

23/08/2014 18h14 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
A nossa crise

Em julho, foi realizada a 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o evento reuniu aproximadamente 5 mil pessoas na capital federal. E como o próprio nome diz, ele tem o objetivo de criar um espaço para que os administradores municipais de todo o País possam defender seus interesses como prefeitos. 

E o tema central da reunião deste ano foi a busca de soluções, junto ao Governo Federal, para a crise financeira enfrentada pelas cidades brasileiras nos últimos anos. Essa crise se formou por vários motivos, entre eles, a crescente dívida dos municípios com a União, o impacto que os programas federais têm nas finanças das cidades, e o prejuízo com as renúncias fiscais articuladas pelo governo federal. 

Segundo a União, a dívida previdenciária dos municípios hoje se encontra em, aproximadamente, R$ 62 bilhões. A revisão dos programas federais são necessárias pois, segundo os municípios, o governo federal libera recursos para obras, mas não aponta receitas para a sua manutenção. 

Na reunião, os prefeitos manifestaram o desejo que a Presidente Dilma Rousseff sancionasse a nova Lei de desoneração, aprovada no Congresso Nacional, que garante às cidades brasileiras a integralidade dos repasses independentemente das eventuais medidas desoneratórias da União. Isso possibilitaria aos gestores municipais o melhor planejamento das finanças municipais. 

Essa circunstância, que é geral no País, ganha, em cada localidade, contornos mais característicos. São Carlos, por exemplo, vem sofrendo com constantes bloqueios financeiros. Ao todo já foram bloqueados pouco mais de R$ 9 milhões. Se a falta de dinheiro prejudica a manutenção dos serviços que já existem, imagina o prejuízo ao seu aperfeiçoamento e ampliação. 

Em audiência na Câmara, o secretário de Fazenda, José Roberto Poianas, apresentou alguns números que tratam da dívida de São Carlos. Ao final de 2000, ela atingia R$ 35,5 milhões. Só em 2014, foram pagos R$ 6,8 milhões de um saldo final de R$ 159,4 milhões. Em 14 anos, o saldo devedor de São Carlos apresentou uma elevação de 349%. 

A crise existe e é séria. O bom funcionamento da máquina pública em São Carlos depende, e muito, de sua solução.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x