CAOS NO TRANSPORTE: Crise no transporte acirra o ânimo entre os usuários do sistema e vira caso de Polícia
Dois coordenadores da empresa Suzantur, de 27 e 43 anos, procuraram o 1º Distrito Policial da Vila Nery para registrar um Boletim de Ocorrência de ameaça.
O caso aconteceu na noite da quarta-feira, 24, dois dias depois da intervenção no transporte. Ao que consta, os funcionários estavam na garagem da empresa quando surgiu um auxiliar de limpeza enfurecido. “Vou dar um tiro na sua cara e quebrar seu carro particular”, disse o homem, descontrolado, após perder o emprego em uma terceirizada da cidade.
O transporte público é precário neste momento em São Carlos. Na última sexta-feira, 26, vários passageiros do transporte público tornaram a reclamar da falta de coletivos. Em dezembro, circulavam 110 veículos por São Carlos; hoje são 53. “Faz duas horas que estou esperando por ônibus”, disse Sueli Destro dos Santos, que esperava pelo coletivo do Residencial Abdelnur.
Combustível
Na sexta-feira, o transporte fora comprometido por causa da escassez de óleo diesel. Há relatos que a linha Cedrinho/Estação, que conduz funcionários do grupo BB/Mapfre, ficou sem combustível no trajeto.
Ainda à tarde, chegaram à garagem, 10 mil litros de óleo. A Prefeitura também argumenta buscar por funcionários, pois mais de 100 não concordaram em permanecer na empresa, agora sob gestão da municipalidade; 35 motoristas fazem teste e 170 currículos foram recebidos.
O movimento Transporte Justo fez uma mobilização, na tarde de sexta-feira, na Praça da Estação. Eles se dirigiram à Prefeitura de São Carlos para protestar contra a crise no transporte público. “O que nós queremos, nesse momento de crise, é que a Prefeitura de São Carlos abra a possibilidade da população debater um novo modelo de transporte”, disse o professor Ronaldo Mota, integrante do movimento.