Câmara assegura audiência para discutir transporte público
O presidente da Câmara de São Carlos, Marquinho Amaral (PSDB), confirmou na tarde desta segunda-feira, 15, que o Poder Legislativo abrirá as portas para os representantes do Movimento Transporte Justo São Carlos (MTJSC) e para a comunidade com o objetivo de debater as condições do transporte público municipal. A data segue indefinida. A audiência estava prevista para acontecer em 10 de julho.
“Vamos trabalhar essa semana para definir uma agenda. A Câmara é pequena e precisamos estudar uma maneira para que todos possam participar. A Câmara é a caixa de ressonância dos problemas que a população vê no transporte e queremos contar com uma ampla participação da comunidade”, informou Marquinho.
Marquinho apontou a necessidade de reestruturar o Conselho Municipal do Transporte Público para discutir as questões relacionadas ao tema. “O prefeito Paulo Altomani já participou de duas reuniões com representantes do movimento, o que demonstra as boas intenções dele em encontrar soluções e caminhos para melhorar o transporte coletivo”. Na última sexta-feira, o prefeito recebeu os integrantes do MTJSC na Sala dos Prefeitos “Antônio Massei”. Pela Câmara, além de Marquinho, o vereador Rodson do Carmo (PSDB) participou do encontro.
RELEMBRANDO – Nove integrantes do Movimento Transporte Justo São Carlos (MTJSC) participaram, na sexta-feira (12), de uma reunião no Paço Municipal. O diretor-presidente da Athenas Paulista, Miguel Cimatti, expôs a situação da empresa.
Ele argumentou que nos últimos anos houve uma queda significativa dos usuários do transporte coletivo, o que cria dificuldades na manutenção do serviço.
Se não ocorressem os subsídios, a passagem deveria custar em torno de R$ 3,60. Atualmente, o município subsidia R$ 631.543,56 mensais. Desse valor, R$ 170 mil são descontados a título de compensação de débitos tributários inscritos ou não na Dívida Ativa da Prefeitura. A empresa responsável pelo transporte recebe, líquido, R$ 461.543,56, incluindo R$ 125 mil de acréscimo por conta da ampliação dos subsídios do município de R$ 0,10.
No encontro, o prefeito Paulo Altomani comentou que a prefeitura não tem condições de aumentar o subsídio para a empresa para reduzir o valor da tarifa a R$ 2,50. “A redução de R$ 2,75 para R$ 2,65 foi a medida mais viável a ser feita diante das isenções de impostos do governo federal e do aumento de repasse do ICMS pelo Estado”, afirmou na ocasião.